Poluição sonora

Estresse, insônia e infecções variadas fazem parte da lista de problemas que a poluição sonora pode causar

Nos centros urbanos, a poluição sonora é um problema ambiental grave, sendo considerada uma ameaça constante ao homem. Além de causar irritação, nervosismo, fadiga, insônia e outros sintomas relacionados ao sistema nervoso e aos órgãos dos sentidos, a poluição sonora pode provocar, em longo prazo, diminuição da audição e até mesmo surdez.

A intensidade do som pode ser medida por meio da unidade decibel (dB) e segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), 55 dB já podem ser considerados nocivos à saúde. Para se ter uma ideia, em cidades como São Paulo, Belo Horizonte e Salvador, o barulho do trânsito alcança facilmente os 80 dB.

Atualmente, a OMS (Organização Mundial de Saúde) coloca esse tipo de poluição em terceiro lugar no ranking de problemas ambientais que mais afetam a população no mundo todo, perdendo apenas para poluição do ar e da água. Com tanto barulho provocado por buzinas, telefones, eletrodomésticos, construções, etc., um grande número de pessoas passaram a sofrer, além dos distúrbios auditivos, com dores de cabeça crônicas, hipertensão, alterações hormonais e insônia, pois além de afetar audição, a poluição sonora, por ser estressante, estimula a produção de hormônios do estresse, favorecendo problemas cardíacos e distúrbios emocionais. Segundo o otorrinolaringologista Arnaldo Guilherme, da Universidade Federal de São Paulo, "As pessoas não se dão conta do problema a que estão expostas porque as consequências não são imediatas, elas vão se acumulando e só aparecem com o tempo".

Trabalhadores que ficam expostos diariamente a altos níveis de ruídos devem utilizar protetores auditivos para evitarem as consequências que esse tipo de poluição pode lhes causar.

É importante ressaltar que qualquer ruído que exceda os 55 dB é considerado pelo nosso organismo como sendo uma agressão, da qual ele se defende liberando boas doses de cortisol e adrenalina, hormônios do estresse. Esses hormônios em nosso organismo atingem vários órgãos, desencadeando algumas consequências como:

• Órgãos genitais: passam a receber menos sangue, ficando o homem com dificuldade de ereção e a mulher com pouco desejo sexual;

• Cérebro: com a ação dos hormônios do estresse, a concentração e a memória ficam prejudicadas, além de provocarem uma sensação de exaustão. Em algumas pessoas, a pressão intracraniana pode aumentar gerando dor de cabeça;

• Músculos: por estarem em estado de alerta, eles ficam tensionados, liberando na corrente sanguínea várias substâncias inflamatórias;

• Pulmões: a respiração fica acelerada, aumentando a sensação de cansaço;

• Coração: começa a bater aceleradamente, fazendo com que a pressão arterial suba, aumentando as chances de infarto e derrame;

• Sistema digestivo: o estômago passa a produzir mais suco gástrico do que realmente necessita, podendo levar à gastrite e úlcera. Já o intestino praticamente para de funcionar, provocando a prisão de ventre.


Aproveite para conferir a nossa videoaula sobre o assunto:

Por: Paula Louredo Moraes

Artigos Relacionados

Últimas Aulas

Anexo, no anexo, em anexo
Máximo Divisor Comum (MDC)
Provas do 1º dia dão pistas do que pode ser cobrado de Biologia no Enem
Balanceamento de equações por tentativa
Todas as vídeo aulas

Versão completa