A penicilina é um importante antibiótico produzido por fungos do gênero Penicillium. Esse medicamento é utilizado para tratar várias doenças causadas por bactérias.
A penicilina é um importante e conhecido antibiótico que foi descoberto por Alexander Fleming. Usado até os dias atuais, esse medicamento revolucionou a medicina, ajudando no tratamento de várias doenças bacterianas.
→ O que é a penicilina?
A penicilina é um antibiótico, ou seja, um produto capaz de agir contra as bactérias. Como o principal componente da parede celular das bactérias é o peptidoglicano, danos a essa substância podem afetá-las. As penicilinas atuam nesse componente, pois inibem a ação da enzima transpeptidase, que é responsável por ligações que formam o peptidoglicano maduro. A inibição dessa enzima faz com que o peptidoglicano não se forme e as bactérias sofram lise (destruição) mais rapidamente, o que mata esses micro-organismos.
→ Como a penicilina foi descoberta?
A penicilina foi descoberta por Alexander Fleming, em 1928, de uma maneira bastante inesperada. O pesquisador, que fazia um estudo sobre a bactéria Staphylococcus aureus, deixou seu experimento sem nenhuma supervisão. Quando retornou após alguns dias fora, Fleming percebeu que essa amostra estava contaminada por mofo. Ele notou, então, que onde o fungo alojou-se as bactérias estavam sem atividade.
Ao analisar esse fungo, Fleming descobriu que pertencia ao gênero Penicillium e que a substância por ele produzida inibia o crescimento bacteriano. Nesse episódio, surgia a famosa penicilina, uma esperança de cura para várias doenças, como a tuberculose.
Vale salientar que a penicilina apenas foi verdadeiramente isolada em 1938, por Ernst B. Chain e Howard W. Florey. Em 1940, ela foi utilizada no primeiro paciente humano.
→ Qual é a ação da penicilina?
A penicilina possibilitou o tratamento de várias doenças e, atualmente, é um remédio de baixo custo. Entre seus usos, podemos destacar:
- Infecções causadas por Streptotoccus pyogenes e Streptococcus pneumoniae, que ainda se mantêm sensíveis a esse antibiótico.
- Sífilis;
- Profilaxia primária e secundária da febre reumática;
- Infecções do trato respiratório superior;
- Impetigo;
- Meningite bacteriana;
- Endocardite;
- Gangrena gasosa.
Curiosidade: Algumas bactérias não são afetadas pela penicilina, pois apresentam uma enzima chamada penicilinase, que quebra o anel β-lactâmico da penicilina, provocando a inativação desse antibiótico.