Cálculo Renal

Ao bloquear as vias urinárias, o cálculo provoca, além de dor, problemas que podem se tornar sérios, como o comprometimento dos rins.

Cálculo renal, também chamado de litíase, nefrolitíase, ou simplesmente “pedra nos rins”, é o nome dado a um problema caracterizado pela formação de pedras no trato urinário. Geralmente elas são constituídas por cálcio, mas também podem ser formadas por oxalato de cálcio, fosfato, magnésio, ácido úrico, cistina ou citrato.

Os cálculos surgem em consequência do excesso de determinados minerais no organismo. Eles vão formando cristais que, ao invés de serem eliminados pela urina, se acumulam, formando uma ou mais dessas massas duras.

Esse problema ocorre em aproximadamente um em cada 200 indivíduos. Aqueles na faixa dos 20 aos 40 anos de idade estão mais suscetíveis, assim como pessoas do sexo masculino, e aqueles que possuem histórico familiar. Ele geralmente provoca dor muito intensa, principalmente quando a pedra bloqueia a passagem da urina, com a consequente dilatação dos rins. Quando se desloca pelo ureter, a dor também é bem significativa.

As dores se manifestam, na maioria das vezes, como cólicas, somente de um lado, nas costas, próximo às nádegas e/ou na região que abrange o púbis e a barriga. Febre, vômitos, desconforto ao urinar e sangue na urina também podem ocorrer. O diagnóstico, geralmente, é feito a partir da descrição da dor feita pelo paciente, sendo confirmado por meio de radiografia ou ultrassonografia.

Há casos, no entanto, em que as dores não ocorrem, ou são muito discretas, podendo dificultar a identificação do problema. Assim, os riscos de se desenvolver complicações são maiores. Infecção urinária, insuficiência renal crônica e hipertensão arterial são algumas delas.

A priori, espera-se que as pedras sejam eliminadas naturalmente pela urina. Assim, o tratamento é focado no controle dos sintomas, sendo requerida a internação em casos em que a dor se mostra insuportável.

Quando se trata de pedras maiores que 7mm, geralmente é necessário que sejam feitos procedimentos médicos que provocam tal expulsão, já que estas tendem a ficar retidas no ureter. Um deles é a litotripsia, que provoca a quebra da pedra em fragmentos menores, podendo ser eliminados naturalmente. Outro é a endoscopia, com uso de pinças especiais que buscam retirar o cálculo dali. Em situações mais raras, é preciso recorrer a cirurgias feitas por meio de incisões na barriga, como a laparoscopia ou cirurgias tradicionais.

Como a taxa de recidivas é alta, é interessante que paciente e médico avaliem a possibilidade de serem adotadas medidas preventivas, como a investigação metabólica, e uso de fármacos específicos. Em muitos casos, somente mudanças na dieta, como redução na quantidade de sal, proteínas e vitamina C; são capazes de reduzir o risco de se adquirir novamente esse problema. A ingestão de muita água (no mínimo dois litros ao dia) também é importante para aqueles que estão acometidos pelas pedras, uma vez que propicia sua expulsão com maior rapidez.

Vale lembrar que pessoas com histórico familiar para esse problema também estão mais suscetíveis. Assim, é necessário mais atenção para os possíveis indícios que possam indicar sua manifestação.
 

Importante:

Caso consiga, é interessante recolher o cálculo eliminado e levar para que o médico analise a sua composição. Assim, fica mais fácil a análise do tratamento e medidas de prevenção mais adequadas.

Por: Mariana Araguaia

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