A Pitiríase versicolor, popularmente conhecida como pano branco, é uma infecção superficial causada pelo fungo Malassezia furfur, presente em nossa pele. O calor, umidade e fatores que aumentam a oleosidade da pele, como alguns protetores solares e cremes de cabelo, propiciam o surgimento da doença. Esse é o motivo pelo qual, apesar de se manifestar em pessoas de todo o mundo, sua frequência é maior nos trópicos.
Essas condições ambientais estimulam que a levedura se converta em micélio. Nessa situação, ele provoca danos aos melanócitos, causando as lesões típicas da pitiríase, com discreta descamação em virtude da distensão da pele. Em pessoas claras, surgem manchas escurecidas; em pessoas morenas, esbranquiçadas. Rosto, pescoço, ombros, costas e tórax são as regiões em que as manchas se apresentam mais frequentemente. O couro cabeludo é, também, um local bastante propício para seu desenvolvimento.
O pano branco não é transmitido de uma pessoa para outra, mas pode se espalhar para outros locais do corpo do indivíduo acometido. Cuidados com a higiene - ou a falta deles - não estão relacionados à sua incidência.
Como as manchas tendem a incomodar, no que se diz respeito à estética, e sua infestação pode ser confundida com outras doenças cutâneas, como hanseníase, pitiríase alba e alterações causadas por bactérias; é necessário que o paciente visite um médico dermatologista. O tratamento dependerá, principalmente, da extensão das lesões. O uso de xampus especiais, loções ou mesmo a utilização de antimicóticos orais podem ser solicitados pelo profissional.
Devido às lesões dos melanócitos, mesmo após o tratamento, as manchas costumam persistir por certo tempo. Assim, tomar banhos de sol, pela manhã e no fim da tarde, é uma boa maneira de acelerar o processo de repigmentação.