Os riscos das dietas restritivas

Compreender os riscos das dietas restritivas é importante para que decisões sábias sejam tomadas no momento da escolha de um método de emagrecimento.

Alimentar-se bem e praticar exercícios ajudam a emagrecer

Muitas vezes ouvimos pessoas dizerem que conseguiram diminuir vários quilos após uma dieta em que apenas um determinado grupo de alimentos podia ser ingerido. Essas dietas, também chamadas de dietas restritivas, frequentemente viram “moda” entre as mulheres e homens, que muitas vezes arriscam sua saúde para conseguir o peso que tanto desejam.

Em alguns tipos de dietas restritivas, as pessoas costumam tirar alguns tipos de alimento de sua alimentação, tais como carboidratos e proteínas. Em outras, o processo ainda é mais radical, tais como as dietas líquidas, das papinhas de bebê e das frutas, em que se sugere que sejam feitas apenas a ingestão desses tipos de alimento. Existem ainda as chamadas “dieta zero”, que sugerem que a pessoa fique períodos da semana sem se alimentar.

Apesar das dietas restritivas levarem à perda de peso, isso não acontece de maneira saudável. O que se nota, na maioria dos casos, é que a perda de peso é decorrente da perda de massa muscular, e não de gordura, além da perda de água. Isso ocorre porque, muitas vezes, existe uma carência nutricional muito grande no corpo das pessoas que adotam essa prática.

Além da perda de peso, é comum que pessoas que aderem a essas dietas apresentem queda de cabelo, unhas frágeis e pele ressecada. Além disso, problemas como dificuldade para dormir, dores de cabeça, desmaios, irritabilidade, cansaço, tontura, alterações no ciclo menstrual e anemia podem surgir. Em dietas em que se reduz muito as calorias, observam-se frequentemente o aparecimento de gota, diminuição da pressão arterial e da frequência cardíaca, desenvolvimento de cálculo biliar e o surgimento de doenças cardiovasculares.

Especialistas também reforçam que dietas restritivas normalmente são abandonadas antes de seu fim. Isso se deve ao fato de que a ingestão constante de um mesmo alimento (monotonia alimentar) pode facilmente fazer com que uma pessoa desista da dieta, uma vez que literalmente “enjoa” do alimento.

Outro ponto que merece destaque é o efeito pós-dieta. Estudos comprovam que as dietas restritivas possuem efeito apenas a curto prazo. A monotonia alimentar pode desencadear comportamentos compulsivos quando outro alimento é apresentado, fazendo com que ocorra aumento de peso e até mesmo do colesterol e triglicérides. Além disso, dietas restritivas estão relacionadas com o desenvolvimento de transtornos alimentares, tais como anorexia e bulimia.

Para perder peso de maneira adequada, é necessário adquirir uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos regularmente. É fundamental destacarmos que, para orientação a respeito de uma dieta adequada para a perda de peso, o nutricionista deverá ser consultado. Esse profissional indicará uma mudança nos hábitos alimentares e, com isso, conseguirá que haja uma perda de peso saudável e a manutenção dos resultados obtidos. Além dessas recomendações, especialistas afirmam que dormir bem também auxilia na perda de peso.

Atenção: Não acredite em dietas rápidas e milagrosas, elas podem colocar sua saúde em risco.

Por: Vanessa Sardinha dos Santos

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