Obesidade infantil é um problema de saúde grave que pode causar sérios prejuízos à criança. Adoção de alimentação balanceada e exercícios ajuda a reverter o problema.
A obesidade infantil é uma doença grave considerada um grande problema de saúde pública. Segundo informações do Blog da Saúde, do Ministério da Saúde, estudos “indicam que 12,9% das crianças brasileiras de 5 a 9 anos são obesas e 18,9% dos adultos estão acima do peso”.
Muitas pessoas não entendem o risco do ganho exagerado de peso em crianças e acabam contribuindo para hábitos que podem ajudar a desenvolver o problema, como fornecer uma alimentação inadequada e estimular o longo tempo de tela. A obesidade infantil pode prejudicar a criança de várias maneiras, predispondo-a, por exemplo, ao desenvolvimento de doenças crônicas como hipertensão e diabetes precocemente e, dessa forma, reduzindo sua expectativa de vida.
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Definição de obesidade
A obesidade é uma doença crônica não transmissível que se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo. Esse aumento da quantidade de gordura causa prejuízos à saúde do indivíduo e pode provocar outros problemas, que vão desde a redução da autoestima até problemas como a diabetes e hipertensão. Caso tenha maior curiosidade sobre essa condição, leia: Obesidade.
Causas da obesidade infantil
Muitas pessoas acreditam que a obesidade infantil é resultado exclusivamente de uma alimentação exagerada e não balanceada. Entretanto, outros fatores também estão relacionados com o desenvolvimento desse problema, como fatores genéticos, metabólicos, psicossociais, distúrbios do sono e o sedentarismo, que acompanha grande parcela da população.
Consequências da obesidade infantil
A obesidade infantil é responsável por um grande impacto negativo na vida do indivíduo. Com o aumento de peso exagerado, por exemplo, a criança não terá a mesma disposição e preparo físico para a realização de uma série de brincadeiras e atividades comuns à sua idade. Além disso, pode causar problemas nas articulações, doenças respiratórias, complicações metabólicas e hipercolesterolemia.
A obesidade é também um fator de risco para desenvolvimento de outras doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. É importante destacar que a criança obesa pode se tornar um adulto obeso, e esse longo tempo de exposição ao excesso de gordura pode fazer com que esses problemas crônicos desenvolvam-se de maneira precoce, podendo levar à redução da expectativa de vida do indivíduo. Não podemos deixar de citar também os problemas emocionais que a obesidade pode causar, como a baixa autoestima e até mesmo a depressão.
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Diagnóstico da obesidade infantil
Muitas pessoas acreditam que o diagnóstico da obesidade infantil se assemelha ao da obesidade em adultos, aplicando apenas o IMC para determinar se uma criança está ou não com sobrepeso ou obesidade. A aplicação do IMC de maneira isolada leva a erros de interpretação.
Nas crianças é importante levar em conta também o sexo e a idade do indivíduo e analisar a chamada curva de crescimento. As Curvas de Crescimento, da Organização Mundial da Saúde, permitem avaliar o estado nutricional da criança de uma maneira mais efetiva e constam na Caderneta de Saúde da Criança.
A obesidade infantil tem cura?
A obesidade infantil tem cura. O primeiro passo para reverter um quadro de obesidade em crianças é procurar ajuda médica para que um diagnóstico correto do problema seja realizado e se descubra as verdadeiras causas do ganho de peso. Outro ponto importante é adotar hábitos de vida mais saudáveis, preocupando-se, por exemplo, com a alimentação da criança e com a realização de atividades físicas.
No que diz respeito à alimentação, é importante reduzir o consumo de gorduras e alimentos ricos em açúcares. Aumentar o consumo de verduras, legumes e frutas também é primordial. Vale salientar que dietas restritivas não são recomendadas, pois podem fazer com que nutrientes importantes não sejam oferecidos à criança. O ideal é consultar um nutricionista, pois ele é o profissional qualificado para indicar a melhor dieta para a criança, sem prejudicar o seu desenvolvimento.
Acabar com o sedentarismo também é fundamental para reverter um quadro de obesidade e também preveni-lo. Atualmente as crianças passam muito tempo diante de telas, como computador, celular, videogame e televisão. Com isso, percebe-se uma redução das brincadeiras ao ar livre e práticas de esportes.
As telas, portanto, favorecem um estilo de vida mais sedentário. Estimule a criança a buscar novas brincadeiras que movimentem o corpo e incentive-a a iniciar alguma prática esportiva. Para que essas ações tenham maior efetividade, deixe que a criança escolha aquele esporte ou atividade com que ela mais se identifique.
Não se esqueça também de que a família deve ser exemplo. A adoção de uma rotina mais saudável deve englobar todos os moradores da casa, pois só assim a criança continuará focada em seus objetivos.