Movimentos vegetais

O fechamento dos folíolos da mimosa é um exemplo de nastia.

Embora não possuam tecido muscular e tampouco articulações, os vegetais possuem capacidade de movimentação, reagindo a estímulos ambientais.

Um destes é chamado tropismo, e se refere a mudanças da direção do crescimento da planta, de acordo com estímulos que podem ser a luz (fototropismo), a gravidade (geotropismo) ou contato com um suporte (tigmotropismo). Quando ela cresce no sentido do estímulo, dizemos que o tropismo é positivo e, quando se trata de um sentido inverso, consideramos como sendo um tropismo negativo. O tropismo é controlado pelas auxinas: hormônios vegetais.

Caules tendem a crescer em direção à luz, graças ao alongamento celular provocado pelas auxinas, na região menos iluminada da planta, fazendo com que ela se curve diante do estímulo. Quanto à ação gravitacional, raízes crescem em direção ao solo, e os caules, no sentido oposto a esta força. Já em relação ao tigmotropismo, o tipo de suporte é que influenciará na conformação do vegetal.

No tropismo, o sentido em que a planta se movimenta está diretamente relacionado à orientação do estímulo; na nastia, outro movimento vegetal, os movimentos não são orientados e sua ação não envolve crescimento. Um exemplo clássico da nastia é o que ocorre quando tocamos uma planta conhecida popularmente como sensitiva, ou dormideira (Mimosa pudica), e seus folíolos se fecham. Tal estímulo provoca impulsos elétricos que promovem a perda de água em órgãos denominados pulvinos, desencadeando nesta resposta. Este mecanismo é semelhante ao que acontece com algumas espécies de plantas carnívoras, ao entrarem em contato com uma possível presa.

Por: Mariana Araguaia

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