Mononucleose infecciosa

Mononucleose infecciosa, ou doença do beijo, é uma doença viral que provoca febre, dor na garganta e aumento dos linfonodos. Geralmente, é assintomática em crianças.

A mononucleose pode provocar febre, dor de garganta e aumento dos linfonodos.

Mononucleose infecciosa é uma doença provocada pelo Epstein-Barr, um vírus muito comum na população mundial. Por ser transmitida por meio do contato direto com a saliva do indivíduo doente, é também chamada de doença do beijo. A doença provoca manifestações clínicas diversas, indo desde casos assintomáticos até quadros graves.

Caracteriza-se por provocar três sintomas clássicos: febre, linfadenopatia e faringoamigdalite. A doença acomete, principalmente, pessoas com idade entre 15 e 25 anos. É recomendado que o indivíduo doente permaneça em repouso e se hidrate bem. Até o momento, não existem antivirais específicos para seu tratamento.

Saiba mais: Vírus são seres vivos ou não vivos?

Resumo sobre mononucleose infecciosa

  • A mononucleose acomete, principalmente, pessoas entre 15 e 25 anos de idade.

  • Pode ser assintomática ou sintomática.

  • Dentre seus sintomas, podemos citar febre, linfadenopatia e faringoamigdalite.

  • Apesar de raras, complicações podem ocorrer, tais como ruptura do baço e obstrução significativa das vias aéreas superiores.

  • Sua transmissão ocorre por meio do contato com a saliva contaminada, daí o nome doença do beijo.

  • Recomenda-se que o paciente com a doença permaneça em repouso e hidrate-se bem.

O que é a mononucleose infecciosa?

Mononucleose infecciosa, também chamada popularmente de doença do beijo, é uma doença febril aguda, transmissível e de baixa letalidade causada pelo vírus Epstein-Barr. A doença pode acometer pessoas de qualquer idade, sendo, geralmente, assintomática em crianças. Os sintomas se manifestam com maior frequência em pessoas com idade entre 15 e 25 anos.

A doença apresenta grande polimorfismo clínico, variando desde quadros assintomáticos até casos graves e fatais. De maneira geral, as mortes se relacionam com problemas no funcionamento do sistema imunológico e presença de comorbidades.

O que causa a mononucleose infecciosa?

A mononucleose infecciosa é uma doença provocada pelo vírus Epstein-Barr (EBV), também conhecido com herpes vírus 4 (HHV-4). Esse vírus faz parte da família Herpesviridae, mesma família dos vírus causadores do herpes labial e herpes genital.

O EBV é um vírus de DNA que ocorre em todo o mundo e que afeta grande parcela da população. Estima-se que cerca de 95% dos indivíduos adultos já tiveram contato com esse vírus durante a sua vida. Assim como outros vírus da família Herpesviridae, mesmo após a resolução de um quadro de mononucleose infecciosa, o EBV continua no organismo em latência.

Veja também: Poliomelite — outra doença provocada por um vírus

Sintomas da mononucleose infecciosa

Os sintomas da mononucleose infecciosa surgem após um período de incubação que varia de quatro a oito semanas. A doença destaca-se por desencadear uma tríade clássica:

  • febre: temperatura axilar maior que 37,5 ºC;

  • linfadenopatia: aumento dos linfonodos;

  • faringoamigdalite: inflamação que afeta a faringe e amígdalas e provoca dor de garganta.

Além desses sintomas, o paciente com mononucleose infecciosa pode apresentar:

  • manchas na pele;

  • dor muscular;

  • náusea;

  • vômito;

  • tosse;

  • dificuldade para engolir;

  • aumento do volume do baço (esplenomegalia);

  • aumento do volume do fígado (hepatomegalia);

  • mal-estar;

  • fadiga (um sintoma descrito frequentemente como persistente, permanecendo por um período longo após a resolução do problema).

Complicações da mononucleose infecciosa

A mononucleose infecciosa é considerada uma doença autolimitada e que, geralmente, não leva ao desenvolvimento de complicações graves. No entanto, apesar de raras, complicações podem ocorrer. Entre as principais, estão:

  • ruptura do baço;

  • anemia hemolítica;

  • obstrução significativa das vias aéreas superiores;

  • insuficiência hepática;

  • síndrome de Guillain-Barré;

  • meningite (inflamação das meninges);

  • encefalite (inflamação do cérebro);

  • mielite transversa (doença rara que acomete a medula espinha);

  • neoplasias (multiplicação anormal das células de um tecido).

Leia também: Rubéola — a doença viral que apresenta riscos principalmente para mulheres grávidas

Transmissão da mononucleose infecciosa

A mononucleose infecciosa é transmitida por meio do contato íntimo com a saliva do indivíduo doente. Devido a essa forma de transmissão, a condição é popularmente conhecida como doença do beijo. De acordo com a publicação do Ministério da Saúde Doenças Infecciosas e Parasitárias - Guia de Bolso, é rara a transmissão por transfusão sanguínea ou contato sexual.

O Epstein-Barr pode ser transmitido pelo beijo.

Diagnóstico da mononucleose infecciosa

A mononucleose infecciosa é diagnosticada com base na análise dos sintomas do paciente e por exames laboratoriais. O hemograma de um paciente com a doença revela a presença de linfócitos atípicos.

Segundo a publicação o guia de doenças infecciosas do Ministério da Saúde, a confirmação diagnóstica da doença pode ser feita laboratorialmente com testes rápidos para a detecção de anticorpos heterófilos e/ou de anticorpos específicos para o vírus Epstein-Barr.

Tratamento da mononucleose infecciosa

Não existe um tratamento antiviral específico para curar a infecção provocada pelo EBV. Recomenda-se que pacientes como mononucleose infecciosa se hidratem adequadamente e mantenham repouso. Pacientes com baço aumentado não devem praticar atividades físicas devido ao risco de rompimento do órgão. Além disso, medicamentos para aliviar sintomas, como febre e o desconforto na orofaringe, podem ser recomendados.

Por: Vanessa Sardinha dos Santos

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