Lisossomos são organelas citoplasmáticas encontradas em células eucariontes e que estão relacionadas com o processo de digestão intracelular.
Lisossomos são organelas presentes em células eucarióticas e envoltas por uma membrana única, destacando-se por possuírem em seu interior uma grande quantidade de enzimas.
As enzimas presentes nos lisossomos atuam degradando moléculas, fazendo dessa organela uma estrutura-chave para a digestão intracelular. Além de atuar na degradação de moléculas que a célula captura, os lisossomos também participam da digestão de estruturas obsoletas da própria célula.
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Resumo sobre lisossomos
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Lisossomos são organelas das células eucarióticas.
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São envoltos por uma única membrana e apresentam enzimas em seu interior.
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Alguns autores os consideram organelas exclusivas da célula animal.
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Seu papel é participar da digestão intracelular.
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Os que ainda não participam do processo de digestão intracelular são chamados de lisossomos primários.
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Os lisossomos secundários são aqueles que estão participando do processo digestivo.
Videoaula sobre lisossomos
O que são lisossomos?
Lisossomos são organelas celulares encontradas em células eucarióticas. Trata-se de organelas membranosas que se apresentam como pequenos sacos repletos de enzimas digestórias em seu interior. Possuem, em geral, um formato esférico, e seu diâmetro varia entre 0,05-0,5 µm.
Cada lisossomo pode apresentar cerca de 40 tipos diferentes de enzimas digestórias, sendo possível observar, por exemplo, enzimas responsáveis pela degradação de proteínas, fosfolipídios e ácidos nucleicos. As enzimas dos lisossomos são otimamente ativas quando em pH ácido.
O pH do citosol, por sua vez, é de cerca de 7,2, o que configura uma defesa caso as enzimas escapem da organela, uma vez que elas se tornam pouco ativas em pH neutro. A membrana dos lisossomos também atua na proteção celular, impedindo que as enzimas da organela entrem em contato com o citosol.
Além disso, a membrana lisossômica possui transportadores que garantem que os produtos da digestão de macromoléculas sejam liberados para o citosol, permitindo a utilização desses produtos pela célula ou garantindo que eles possam ser transportados para fora dela. Na membrana está presente também uma bomba de H+, que bombeia H+ para o interior do lisossomo, permitindo que seu pH permaneça ácido, característica essencial para o funcionamento das enzimas.
Enzimas digestórias e membranas do lisossomo são produzidas no retículo endoplasmático e posteriormente transferidas para o complexo golgiense para que sejam processadas. Alguns lisossomos surgem, por meio de brotamento, a partir da face trans do complexo golgiense.
Diferença entre lisossomos primários e secundários
Os lisossomos podem ser classificados em primários e secundários. Denominamos lisossomos primários as vesículas formadas por meio do complexo golgiense que apresentam em seu interior apenas as enzimas digestivas.
No caso dos lisossomos primários, ainda não há participação no processo de digestão intracelular. Os lisossomos secundários, por sua vez, já participam do processo digestivo, recebendo essa denominação a partir do momento que se fundem com vesículas para iniciar o processo.
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Função dos lisossomos
Lisossomos são organelas responsáveis pelo processo de digestão intracelular na célula, participando, portanto, da degradação de diferentes partículas.
A digestão intracelular acontece por meio da chamada endocitose, a célula eucariótica é capaz de capturar partículas, moléculas e líquidos presentes no meio. Esse processo consiste em englobar o material que a célula deseja capturar utilizando uma pequena porção de membrana plasmática. Após o englobamento, forma-se uma vesícula no interior da célula.
A endocitose pode ser de dois tipos: a pinocitose e a fagocitose. Na fagocitose, observa-se a ingestão de partículas maiores, como micro-organismos. As vesículas formadas na fagocitose recebem o nome de fagossomos, e estes se fundem com lisossomos para que ocorra o processo de digestão.
Na pinocitose, por sua vez, ocorre a ingestão de líquidos e moléculas por vesículas pequenas. Nesse caso, o conteúdo dessas vesículas será entregue ao lisossomos por meio dos chamados endossomos. Estas estruturas apresentam como função garantir a distribuição do material que foi endocitado.
Além de atuar na digestão de partículas capturadas por endocitose, o lisossomo garante a degradação de partes da própria célula que não serão mais utilizadas, em um processo conhecido como autofagia. Nesse caso, a célula envolve a parte a ser digerida com uma membrana, formando o autofagossomo.
Posteriormente, o autofagossomo se fusiona com os lisossomos para que ocorra a digestão intracelular. Os produtos resultantes da digestão são liberados para o citosol, e a célula poderá então reutilizá-los.
Existem lisossomos na célula vegetal?
Muitos autores admitem que os lisossomos são organelas exclusivas da célula animal. Entretanto, é possível encontrar alguns materiais que afirmam que essa organela também ocorre em células vegetais. De maneira geral, há uma tendência de se considerar essas estruturas como sendo exclusivas dos animais.