Líquen plano

O líquen plano é uma doença crônica e inflamatória que atualmente é tratada com o uso de corticoides. Pode acometer pele e mucosas.

Na pele, o líquen plano pode provocar o surgimento de pápulas (pequenos caroços) que provocam coceira.

O líquen plano é uma doença inflamatória crônica relacionada com uma resposta imunológica que causa agressão do epitélio. A causa da doença é desconhecida, mas alguns fatores são considerados de risco, como infecção pelo vírus da hepatite C, ansiedade e estresse. As lesões da doença podem surgir na pele, couro cabeludo, unhas ou mucosas. O diagnóstico da doença é feito com análise dos sintomas apresentados e realização de biópsia. O tratamento com corticoide é geralmente recomendado.

Leia também: Urticária — condição que se caracteriza pelo surgimento de urticas na pele

Resumo sobre o líquen plano

  • O líquen plano é uma doença inflamatória crônica relacionada com uma resposta imune do organismo.

  • Estresse, ansiedade e infecção pelo vírus da hepatite C são considerados fatores de risco para a doença.

  • Os sintomas podem aparecer na pele, unhas, couro cabeludo e mucosas, como a mucosa oral e genital.

  • A realização de biópsia é importante no diagnóstico da doença.

  • O uso de corticoides busca atenuar os sinais e sintomas do problema.

O que é líquen plano?

O líquen plano é uma doença que pode acometer pele, unhas, couro cabeludo e mucosas e se destaca por ser um problema inflamatório crônico. Pode desencadear sintomas em pessoas de qualquer idade e sexo, porém ocorre, na maioria das vezes, em pessoas com idade compreendida entre os 30 e 60 anos e do sexo feminino. Estima-se que a doença acometa 0,5% a 5% da população adulta.

A causa do líquen plano, até o momento, é desconhecida, mas já se sabe que o surgimento de lesões está associado a uma resposta imunológica desencadeada pela ação dos linfócitos T, provocando uma resposta imune com agressão ao epitélio.

Quais os fatores de risco para a doença?

Apesar de não se compreender o que causa o líquen plano, alguns fatores são apontados como de risco para o desenvolvimento da doença, a saber:

  • infecção pelo vírus da hepatite C;

  • doenças autoimunes;

  • ansiedade;

  • estresse;

  • alterações nos níveis de lipídios.

Quais os sintomas do líquen plano?

O líquen plano pode acometer diferentes partes do corpo, como a pele, unha, couro cabeludo, mucosa oral e genital. Na pele, geralmente, provoca o surgimento de lesões que causam coceira. Essas lesões apresentam-se, normalmente, como pequenos caroços (pápula) de cor roxa.

Na unha, pode provocar ondulações, atrofia da matriz ungueal, hiperpigmentação subungueal e melanoníquia (coloração marrom a negro na unha decorrente do depósito de melanina) ou eritroníquia (faixas vermelhas longitudinais na unha). Já no couro cabeludo, pode-se observar o surgimento de lesões que provocam coceira, as quais, se não tratadas, podem evoluir para alopecia (perda de cabelo).

O líquen plano, quando afeta a região oral, acomete principalmente língua, gengiva e interior das bochechas.

Na boca as lesões podem ser percebidas em forma de placas branco-azuladas. Essas lesões podem não ser percebidas pelo paciente ou ainda provocar dor e queimação. Elas ocorrem com mais frequência na língua, gengiva e interior das bochechas. Vale destacar que as lesões que apresentam dificuldade de cicatrização e são persistentes podem evoluir para câncer.

Leia também: Lúpus — tudo sobre essa doença rara de caráter autoimune

Como é feito o diagnóstico do líquen plano?

O diagnóstico do líquen plano é feito pelo médico, que analisa o aspecto das lesões. Para confirmar o diagnóstico, os médicos, normalmente, solicitam uma biópsia. A realização da biópsia, que irá analisar as características do tecido, é fundamental para que outras doenças semelhantes sejam descartadas. Algumas doenças que apresentam sintomas semelhantes são eczemas, pitiríase rósea e psoríase.

Como é feito o tratamento do líquen plano?

O tratamento do líquen plano não tem finalidade curativa, sendo apenas usado para controle dos sintomas. Geralmente, o tratamento é feito com uso de corticoides. O uso da fototerapia também pode ser recomendado, entretanto a evidência sobre o sucesso dessa terapia é limitada.

Fontes:

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Por: Vanessa Sardinha dos Santos

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