A linfa é um líquido viscoso, transparente, com pouca concentração de proteínas e grande quantidade de leucócitos, que circula no sistema linfático.
Linfa é o nome dado a um líquido viscoso e transparente derivado do fluido intersticial. A partir do momento em que esse fluido é drenado pelo sistema linfático e passa a circular por ele, recebe o nome de linfa. A linfa apresenta uma composição muito semelhante à do plasma sanguíneo, no entanto difere-se por possuir uma concentração mais baixa de proteína.
O fluxo da linfa pelo organismo é lento e para que ocorra depende de fatores como a contração dos músculos próximos aos vasos linfáticos. Edemas surgem quando o sistema de drenagem falha ao reabsorver os fluidos intersticiais. A drenagem linfática pode ajudar no tratamento de edemas, uma vez que atua na melhora do funcionamento do sistema linfático.
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Resumo sobre linfa
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Linfa é o nome dado ao fluido intersticial após sua entrada no sistema linfático.
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A linfa, diferentemente do sangue, não é bombeada ativamente pelo coração.
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É um fluido transparente e viscoso que apresenta uma composição que se assemelha à do plasma sanguíneo.
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Apresenta grande quantidade de linfócitos.
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Desequilíbrios no sistema de drenagem provocam edemas.
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A drenagem linfática auxilia no funcionamento do sistema linfático.
O que é linfa?
Linfa é o nome dado ao fluido intersticial após sua entrada no sistema linfático. Esse sistema, que é constituído pelos vasos linfáticos, órgãos linfáticos e a linfa, é responsável pela drenagem do excesso dos fluidos intersticiais e atua junto ao sistema cardiovascular. Além disso, o sistema linfático atua na resposta imunológica do nosso organismo.
Diferentemente do sangue, a linfa não é bombeada pelo coração, sendo seu fluxo lento. Para que seu transporte ocorra pelo corpo, faz-se necessária, por exemplo, a contração da musculatura esquelética. Além disso, o fluxo da linfa relaciona-se com o peristaltismo visceral e respiratório e a pulsação de artérias.
Composição da linfa
A linfa é um fluido transparente e viscoso, derivado do fluido intersticial, que apresenta uma composição que se assemelha à do plasma sanguíneo. Diferencia-se do plasma, no entanto, por possuir uma quantidade inferior de proteínas. Na linfa existe ainda uma grande quantidade de glóbulos brancos, em especial os linfócitos.
Formação da linfa
A formação da linfa envolve três importantes processos:
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ultrafiltração nos capilares arteriais;
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absorção pelos capilares venosos;
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absorção linfática.
A ultrafiltração do fluido pelos capilares arteriais nada mais é do que a saída de água, oxigênio e nutrientes do interior dos capilares arteriais para o interstício. Esse ultrafiltrado do plasma sanguíneo fornecerá às células os elementos que elas precisam para o seu metabolismo.
Os capilares venosos fazem a reabsorção do fluido, entretanto nem todo fluido é capturado por essa via. O excesso de fluido é drenado pelo sistema linfático, e a partir do momento em que o líquido intersticial entra no sistema linfático ele passa a ser chamado de linfa.
A drenagem do fluido intersticial pelo sistema linfático é importante, pois garante que o fluido não se acumule no espaço intersticial e devolva substâncias importantes para o sistema cardiovascular, uma vez que a linfa flui pelos vasos linfáticos e é despejada através de ductos nesse outro sistema.
Em algumas situações, a drenagem do fluido intersticial não ocorre como o esperado, como no surgimento de alguns tumores e na chamada filariose, doença parasitária causada pelo nematoide Wuchereria bancrofti. A falha na drenagem gera o acúmulo do fluido intersticial, levando ao surgimento dos edemas.
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Drenagem linfática
A drenagem linfática é uma técnica que tem por objetivo melhorar o funcionamento do sistema linfático, ajudando, por exemplo, a reduzir os edemas. Essa técnica consiste na realização de manobras que imitam o bombeamento normal da linfa. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a drenagem linfática promove o aumento da oxigenação dos tecidos, favorece a eliminação de toxinas e metabólitos, aumenta a absorção de nutrientes por meio do trato digestório, aumenta a quantidade de líquidos a ser eliminada e melhora as condições de absorção intestinal, entre outras funções.
A drenagem linfática pode ser feita de maneira manual ou mecânica, sendo fundamental, nos dois casos, que seja realizada por profissionais habilitados. A drenagem linfática não deve ser confundida com massagens relaxantes ou as chamadas massagens modeladoras. A Sociedade Brasileira de Dermatologia destaca que a drenagem linfática utiliza pressões manuais lentas e suaves e nunca deve provocar dor e eritema, pois este segundo é decorrente do aumento do aporte sanguíneo local. A realização incorreta da técnica pode provocar prejuízos à saúde e não levar ao resultado esperado.