A infecção urinária pode causar dor ao urinar e aumento da frequência da micção.
As infecções do trato urinário (ITU) geralmente ocorrem em consequência da contaminação por algumas bactérias, tais como a Escherichia coli, Proteus sp, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus sp e Klebsiella sp. É importante frisar que, em cerca de 80% dos casos de infecção urinária em mulheres, a bactéria causadora é a E. coli.
Esse tipo de infecção acomete principalmente mulheres jovens, crianças até seis anos de idade e idosos. A prevalência em mulheres ocorre em virtude de uma menor extensão da uretra e da proximidade entre a vagina e o ânus, que acaba ocasionando um maior contato da área com bactérias provenientes do intestino grosso, como a E. coli. Quando acomete o sexo masculino, geralmente está associada a doenças da próstata e manipulação do trato urinário. Já em idosos, um dos principais fatores são doenças como diabetes e alguns problemas neurológicos, que acabam comprometendo o total esvaziamento da bexiga. Ao manter a urina retida na bexiga por muito tempo, aumentam-se os riscos de infecções.
A infecção pode acometer a bexiga (cistite), os rins (pielonefrite) ou ambos os órgãos, bem como pode se apresentar de forma sintomática ou assintomática, sendo que, nesse último caso, recebe o nome de bacteriúria assintomática. Geralmente as bactérias são adquiridas pela via ascendente, porém a infecção pode ocorrer por via hematogênica e linfática.
Os principais sintomas da cistite são a disúria (dor ao urinar), polaciúria (aumento da frequência da micção), urgência miccional, retenção, incontinência urinária e sangramento. Em alguns casos, também é possível observar urina turva ou avermelhada em razão da presença de sangue. Quando acomete os rins, observa-se dor lombar, febre alta, calafrios, sendo esta uma tríade comum nesses casos. É importante destacar que, em casos de pielonefrite não tratados corretamente, a doença pode evoluir para casos de sepse e óbito, sendo, portanto, uma infecção grave.
Entre os fatores que podem levar a uma maior predisposição à ITU, destacam-se a obstrução urinária, prostatismo, anomalias congênitas, vida sexual ativa, gravidez e diabetes.
Para realizar um diagnóstico seguro, além da anamnese, devem ser realizados exames físicos e laboratoriais, como a urocultura. Quando decorrente de infecção por bactérias, as ITU são tratadas com a administração de antibióticos. Vale lembrar que o medicamento escolhido dependerá de cada paciente e do tipo de ITU que ele apresenta.
Para a prevenção da ITU, algumas medidas simples podem ser tomadas, tais como beber bastante água, evitar roupas muito apertadas e fazer adequadamente a higiene íntima. Além disso, não “segurar” a urina por muito tempo é uma medida bastante importante.
Lembre-se sempre de procurar seu médico se surgirem sintomas desagradáveis, como dificuldade e/ou dor ao urinar.
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