Homo sapiens é o nome científico do ser humano moderno, o qual surgiu há cerca de 200 mil anos. Atualmente, é a única espécie de humano existente.
Homo sapiens é o nome científico da espécie humana. Nossa espécie surgiu há cerca de 200.000 anos, destacando-se pelo seu cérebro bem desenvolvido e locomoção bípede. A história evolutiva do ser humano é complexa e não deve ser vista como linear. Durante a história dos hominídeos, houve o surgimento e a extinção de várias espécies e algumas delas coexistiram.
Atualmente a espécie Homo sapiens é a única espécie viva de humano e não se sabe ao certo o que pode ter acontecido para que só a nossa espécie tenha sobrevivido até os dias de hoje.
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Características do Homo sapiens
Homo sapiens é o nome dado ao ser humano moderno. Atualmente, trata-se da única espécie vivente pertencente ao gênero Homo. Nossa espécie apresenta cerca de 99% da sequência genética compartilhada com chimpanzés e bonobos, o que sugere um ancestral comum com esse grupo de animais.
Algumas características marcantes dos seres humanos e também muito importantes durante a evolução são a postura ereta e o fato de andarmos sobre duas pernas, ou seja, sermos bípedes, característica esta que permite, por exemplo, que estejamos com as mãos livres para a realização de outras tarefas.
Outra característica extremamente importante é o tamanho do cérebro. Ao longo da evolução, houve um acentuado aumento do tamanho craniano. Enquanto em um Australopithecus afarensis o volume do crânio era de aproximadamente 400 cm3, o crânio do ser humano moderno apresenta 1400 cm3.
O desenvolvimento cerebral permitiu uma fala bem desenvolvida, a utilização de ferramentas complexas e o surgimento da cultura. É por essa razão que o ser humano recebe a denominação de Homo sapiens, expressão derivada do latim que significa homem sábio.
Classificação taxonômica do Homo sapiens
Homo sapiens é o nome científico da espécie humana. Veja a seguir a classificação taxonômica completa da nossa espécie:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Hominidae
Gênero: Homo
Espécie: Homo sapiens
Breve histórico da evolução humana
Contar a história da evolução humana não é uma tarefa fácil, sendo possível observar na literatura diferentes árvores filogenéticas para os hominídeos. A análise de fósseis e o estudo detalhado da evolução humana nos permitem verificar que a linhagem humana se divergiu da dos macacos há milhões de anos e muitas espécies surgiram e foram extintas até que o ser humano moderno se estabelecesse.
É importante destacar que a evolução do ser humano não ocorreu de forma linear e já ficou claro que várias linhagens de hominídeos coexistiram durante a história evolutiva. Não podemos deixar de citar também que algumas espécies são controversas e muitos autores ainda discutem sua classificação.
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Homem de Toumai: Pertencente à espécie Sahelanthropus tchadensis, que viveu há cerca de 7 milhões de anos, essa espécie foi descoberta no deserto do Chade, na África. É considerado por muitos o início da linhagem humana no planeta, sendo reconhecido por alguns autores como o mais antigo e mais primitivo precursor da nossa espécie. A maioria das pesquisas afirma que esses hominídeos eram bípedes, mas muitas outras também lançam dúvida sobre essa afirmação.
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Ardipithecus ramidus: Espécie bípede, mas que também subia em árvores, é datado de 4,4 – 4,5 milhões de anos e foi descoberto na Etiópia. Na ocasião foi encontrado um esqueleto com 125 partes, com mãos, pés e cabeça em bom estado de conservação. Tratava-se de uma mulher, denominada de Ardi, que apresentava 1,2 metro de altura e pesava por volta de 55 quilos.
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Australopitheus anamensis: Entre 4 e 2 milhões de anos atrás, houve um grande aumento da diversidade de hominídeos. Durante esse período, surgiu uma série de espécies, chamadas coletivamente de australopitecíneos. Dentro desse grupo, a espécie mais antiga é o Australopitheus anamensis, uma espécie descoberta no Quênia. Provavelmente, o Australopitheus anamensi viveu há 4,2 a 3,9 milhões de anos.
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Australopithecus africanus: Foi descoberto em 1924, na África do Sul. Posteriormente, outros fósseis da espécie foram identificados e foi possível concluir que eram bípedes e possuíam mãos e dentes semelhantes aos dos humanos modernos. Porém, seu cérebro era pequeno, representando cerca de um terço do tamanho do cérebro atual. A. africanus viveu há 3 e 2,4 milhões de anos.
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Australopithecus afarensis: No grupo dos Australopithecus, destaca-se ainda a espécie Australopithecus afarensis. O fóssil mais conhecido dessa espécie é Lucy, um representante datado de 3,2 milhões de anos e que se destaca por estar 40% completo. O fóssil era de baixa estatura, com cerca de 1 m de altura, bípede e com um cérebro pequeno.
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Homo habilis: Com relação ao gênero Homo, considera-se como primeiro representante o Homo habilis, o qual apresenta fósseis variando em idade de cerca de 2,4 a 1,6 milhão de anos. O crânio desses hominídeos era maior que os apresentados pelos representantes do gênero Australopithecus e sua mandíbula também era mais curta. O volume cerebral do Homo habilis era de cerca de 600 a 750 cm3. O nome da espécie significa homem habilidoso e relaciona-se com o fato de terem sido encontradas ferramentas feitas de pedra próximo dos fósseis.
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Homo ergaster: Outra espécie de hominídeo do gênero Homo, destaca-se pelo cérebro maior do que o apresentado pelo Homo habilis, com volume craniano de cerca de 900 cm3. A espécie também estava bem-adaptada a andar por longas distâncias e foi associada a ferramentas sofisticadas. Nessa espécie, outro ponto importante é o dimorfismo sexual menos acentuado que nos hominídeos que surgiram antes. Vale destacar que alguns autores consideram a espécie como membro primitivo de outra espécie, denominada Homo erectus.
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Homo erectus: Viveu entre 2,0 ma e 400.000 ma e se originou na África. Esses hominídeos destacam-se por sua grande capacidade de migração. Estudos fósseis indicam que a espécie se extinguiu após 200.000 anos atrás.
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Homo neanderthalensis: Em 1856 foram descobertos fósseis de humanos em uma caverna na Alemanha que apresentavam 40.000 anos de idade. Esses hominídeos foram chamados de Homo neanderthalensis e estudos demonstraram que eles viveram na Europa e posteriormente se espalharam pelo Oriente, Ásia e sul da Sibéria. Esses humanos apresentavam grandes cérebros, enterravam seus mortos e utilizavam ferramentas feitas de madeira e pedra. Extinguiram-se há cerca de 28.000 anos e são considerados a espécie humana mais próxima de nós.
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Homo sapiens: Os primeiros fósseis conhecidos datam de 195.000 e 160.000 anos. Análises de DNA indicam que todos os seres humanos atuais se originaram de H. sapiens na África.
É importante destacar que, apesar de atualmente a nossa espécie ser a única vivente, há 200.000 anos várias espécies de humanos coexistiam. Alguns estudos sugerem que até oito espécies diferentes viviam ao mesmo tempo, sendo todas pertencentes ao gênero Homo.
Ainda não se sabe ao certo como nossa espécie tornou-se a única sobrevivente. Alguns autores afirmam que a rápida expansão do ser humano moderno pode ser resultado de mudanças na nossa capacidade de cognição. Já outros destacam, por exemplo, nossa capacidade invasiva, que acaba reduzindo a diversidade biológica.
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