O hipertireoidismo é causado pelo aumento da produção e liberação dos hormônios produzidos pela glândula tireoide.
A glândula tireoide é uma glândula formada por dois lobos localizados um de cada lado da traqueia. Essa glândula é responsável pela produção dos hormônios tiroxina (T4), triiodotironina (T3) e calcitonina. Os hormônios da tireoide atuam nas mais diversas partes do corpo, sendo fundamentais para o desenvolvimento normal do sistema nervoso, crescimento de músculos e ossos, bem como a manutenção da pressão sanguínea.
Quando a glândula tireoide começa a sintetizar e a liberar os seus hormônios em demasia, temos o chamado hipertireoidismo. Quando essa glândula produz os seus hormônios em baixa quantidade, temos o hipotireoidismo.
As principais manifestações clínicas do hipertireoidismo são: irritabilidade, taquicardia, sudorese, bócio, tremor, palpitação, fadiga, pele quente e úmida, intolerância ao calor, perda de peso e apetite aumentado. Além dessas complicações, o hipertireoidismo é um fator muito importante nas gestações. Quando o hipertireoidismo persiste durante a gestação, pode levar a complicações como: eclâmpsia, insuficiência cardíaca, edema de pulmão, arritmias, aborto, malformações fetais e a natimortalidade.
A causa mais comum de hipertireoidismo é a Doença de Graves. Essa doença autoimune foi descrita, em 1835, pelo médico irlandês Robert Graves, sendo caracterizada pela presença de hipertireoidismo, além de bócio, oftalmopatia (olhos vermelhos e esbugalhados) e dermopatia. Nessa doença, o corpo produz um anticorpo que estimula a produção de hormônios pela tireoide.
Além da Doença de Graves, outros fatores que podem influenciar o hipertireoidismo são a presença de nódulos, bócio multinodular e a ingestão de hormônios tireoidianos em excesso. No último caso, as pessoas podem usar muito hormônio tireoidiano para tratar o hipotireoidismo ou então usá-lo em medicamentos para emagrecer.
O diagnóstico de hipertireoidismo pode ser feito através de exames de sangue que vão avaliar a concentração de hormônios tireoidianos. Além dos exames de sangue, pode ser feita a cintilografia da tireoide para a detecção de nódulos que possam estar influenciando no aumento da taxa hormonal.
O tratamento varia de acordo com o paciente, sendo que o médico indicará o melhor método. De maneira geral, o tratamento pode ser feito com administração de medicamentos antitireoidianos, iodo radioativo ou cirurgia.
Os medicamentos antitireoidianos atuam para diminuir a produção dos hormônios T3 e T4. O tratamento com iodo radioativo age na destruição de alguns segmentos da glândula. Já a cirurgia consiste na retirada de parte da glândula tireoide.
Quando não tratado, o hipertireoidismo pode causar osteoporose, arritmias cardíacas e a cegueira. Vale lembrar que após o tratamento de hipertireoidismo o paciente deve ter acompanhamento médico constante.