Herpes-zóster é uma doença causada pela reativação do vírus varicela-zóster e se caracteriza pelo desenvolvimento de lesões na pele, as quais podem ser muito dolorosas.
Herpes-zóster é uma doença que provoca bolhas na pele que podem causar bastante dor. A doença desenvolve-se por uma reativação do vírus varicela-zóster, responsável por causar a catapora. Esse vírus, após termos desenvolvido catapora, permanece em latência no organismo, e, quando a nossa imunidade cai, ele se reativa.
O herpes-zóster, além de provocar bolhas dolorosas, pode causar mal-estar, febre e dores nos nervos. A chamada neuralgia pós-herpética destaca-se como uma das complicações mais comuns do herpes-zóster e caracteriza-se por ser uma dor que persiste mesmo após o fim das lesões na pele.
O herpes-zóster pode ser tratado com uso de antivirais ou apenas com medicamentos que controlam os sintomas da doença. Atualmente há vacinas disponíveis no Brasil que podem prevenir o desenvolvimento da doença, entretanto, estão disponíveis apenas para grupos específicos e na rede particular.
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Resumo sobre herpes-zóster
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O vírus causador da catapora pode permanecer em latência em nosso organismo e se reativar posteriormente, causando herpes-zóster.
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O herpes-zóster pode causar lesões na pele que podem ser bastante dolorosas.
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Uma das complicações mais frequentes da doença é a neuralgia pós-herpética.
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O tratamento com antivirais é recomendado pelo Ministério da Saúde apenas para pessoas com risco de agravamento. Para pessoas sem risco, o tratamento deverá ser sintomático.
Herpes-zóster ou cobreiro
O herpes-zóster ou cobreiro é uma doença que se desenvolve devido à reativação do vírus varicela-zóster, causador da catapora ou varicela. Após uma pessoa desenvolver a catapora, o vírus permanece no sistema nervoso em latência, ou seja, permanece em repouso, sem causar nenhum dano ao ser humano. Algumas situações, no entanto, podem ser responsáveis pela queda na imunidade de um indivíduo, fazendo com que o vírus seja reativado e provoque o chamado herpes-zóster.
De acordo com o Ministério da Saúde, há também pessoas que desenvolvem herpes-zóster depois de terem contato com doentes de varicela e, até mesmo, com outro doente de herpes-zóster, o que indica a possibilidade de uma reinfecção em paciente já imunizado. Além disso, uma criança pode também adquirir varicela após contato com doente com herpes-zóster.
Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento do herpes-zóster, podemos destacar a idade. A incidência em adultos com idade superior a 80 anos é de 10 em cada 1000 adultos por ano. Além da idade, histórico familiar da doença, etnia negra e sexo feminino são também considerados fatores de risco.
Quais os sintomas do herpes-zóster?
Inicialmente, o herpes-zóster pode provocar sensibilidade e coceira local, mal-estar, febre baixa e dor nos nervos. O sintoma mais característico, no entanto, é o desenvolvimento de bolhas no corpo cercadas por uma área avermelhada. Essas bolhas surgem em um dos lados do corpo e raramente ultrapassa a linha média. As regiões mais acometidas pelas lesões são o tórax e a face. Em indivíduos imunocomprometidos, as lesões podem ser disseminadas.
As lesões causadas pelo herpes-zóster podem ser bastante dolorosas e provocar sensação de queimação ou de fisgada. Essas lesões geralmente secam e formam crosta em sete a 10 dias, deixando de existirem após duas a três semanas. Algumas pessoas podem apresentar dor, mesmo sem que lesões surjam na pele. Essa condição é chamada de zoster sine herpete e é considerada rara.
Quando o vírus reativa no nível do gânglio geniculado do nervo facial, temos a ocorrência da síndrome de Ramsay Hunt. Nesse caso, observa-se o surgimento de dor e lesões no pavilhão auricular e paralisia facial periférica.
O herpes-zóster pode causar complicações?
Infelizmente, o herpes-zóster pode levar a complicações graves de saúde, que podem até mesmo provocar a morte. A síndrome de Reye, por exemplo, é um problema raro que causa inflamação no cérebro e pode ser fatal. Além dela, o herpes-zóster pode provocar:
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ataxia cerebelar aguda, que afeta o equilíbrio e a movimentação;
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infecção fetal;
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varicela disseminada ou varicela hemorrágica em indivíduos com comprometimento imunológico;
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infecção bacteriana secundária da pele;
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afecções oftalmológicas, como ceratite e conjuntivite;
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neuralgia pós-herpética.
A neuralgia pós-herpética trata-se de uma das complicações mais conhecidas do herpes-zóster. Ela se caracteriza pela permanência da dor, mesmo após a cicatrização da pele, podendo persistir por meses e até mesmo anos.
Existem exames para diagnosticar o herpes-zóster?
O herpes-zóster é uma doença que, geralmente, apresenta diagnóstico clínico, sendo necessário, portanto, apenas uma análise minuciosa dos sintomas apresentados pelo paciente. Em algumas situações, no entanto, pode haver maior dificuldade diagnóstica, sendo importante a realização de exames complementares.
Dentre os exames que podem ser realizados para confirmação do diagnóstico do herpes-zóster, destacam-se a imunofluorescência direta para o antígeno do vírus varicela-zóster e o PCR para o DNA do vírus varicela-zóster.
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Qual o tratamento para o herpes-zóster?
O tratamento do herpes-zóster pode ser feito com medicamentos antivirais ou ser apenas sintomático, ou seja, com medicamentos voltados para controlar os sintomas da doença. O Ministério da Saúde recomenda que a administração de antiviral seja feita apenas para pessoas com risco de agravamento.
No caso de pessoas sem risco de agravamento, o Ministério recomenda apenas a administração de medicamentos como analgésicos, antitérmicos e anti-histamínicos, usados para atenuar a coceira. Recomenda-se também o uso de antibióticos em caso de infecção secundária bacteriana.
Existe vacina contra o herpes-zóster?
Atualmente, existem duas vacinas contra herpes-zóster disponíveis no país. Entretanto, elas são distribuídas apenas para grupos específicos e possuem alto custo. Entre as pessoas que podem tomar a vacina contra o herpes-zóster estão as com mais de 50 anos.