Glicogênio

O glicogênio é um importante polissacarídeo de reserva que apresenta duas funções muito importantes: controle da glicemia e fonte de energia em exercícios prolongados.

O glicogênio é armazenado em diferentes tipos celulares, principalmente em células musculares e no fígado

O glicogênio é um polissacarídeo de reserva presente nas células dos animais na forma de grânulos no citoplasma. Essa molécula está relacionada com o controle da glicemia e também funciona como fonte de energia. Essas funções estão ligadas, no entanto, com o local onde o glicogênio foi depositado.

De que é formado o glicogênio?

O glicogênio é uma molécula ramificada formada por unidades de glicose. Os resíduos de glicose estão unidos por ligações glicosídicas α-1,4 e ramificações α-1,6.

Onde o glicogênio é armazenado?

O glicogênio é encontrado na maioria dos tipos celulares, entretanto, as maiores reservas estão no fígado e no músculo esquelético. No músculo, o glicogênio é utilizado pela própria célula muscular (fibra), não sendo exportado para outros locais. Nesses casos, a molécula de glicogênio é quebrada quando há atividades muito intensas, sendo usado como fonte de energia. No figado, o glicogênio tem a função primordial de manutenção da glicemia. Essa reserva de glicose pode ser exportada e utilizada por diferentes órgãos.

Síntese e degradação do glicogênio

Tanto a síntese quanto a degradação do glicogênio no organismo dependem de algumas alterações importantes. No fígado, os processos estão relacionados com alterações hormonais que indicam os níveis de glicose sanguínea. O glucagon, por exemplo, estimula a liberação da glicose.


O glucagon estimula o início da glicogenólise

A síntese de glicogênio (glicogênese) ocorre a partir da glicose. Ela se inicia com a fosforilação da glicose a glicose-6-fosfato. Durante o processo de formação do glicogênio a partir da glicose-6-fosfato, ocorre a formação de uridina-difosfato-glicose e a transferência de glicosil da uridina-difosfato-glicose para a cadeia de glicogênio. É importante salientar que grande parte da síntese de glicogênio ocorre por prolongamento de glicogênio preexistente.

A degradação de glicogênio (glicogenólise) ocorre quando há uma necessidade de glicose que não pode ser suprida pelo alimento que foi ingerido. O glicogênio, nesse caso, sofre uma reação responsável por produzir glicose-1-fosfato. Nesse ponto, uma enzima desramificadora remove os resíduos de glicosil próximos às ramificações. Na glicogenólise, percebe-se, portanto, que a molécula de glicose de cada ramo do glicogênio é retirada.

Curiosidade: Você sabia que, em jejum, os níveis de glicose mantêm-se em aproximadamente 80 mg/dL?

Por: Vanessa Sardinha dos Santos

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