A enxaqueca é uma síndrome neurológica caracterizada pela manifestação de dor de cabeça intensa, latejante e persistente que ocorre somente de um lado do rosto. Ela também pode vir acompanhada de intolerância à luz e a sons, além de náuseas, aumentando sua intensidade ao se fazer esforço físico.
Em pessoas com esse problema, geralmente ocorre pelo menos uma crise de enxaqueca por mês, de duração que pode variar entre quatro e setenta e duas horas. Ela acomete mais de 15% dos brasileiros, sendo mais frequente em mulheres. Suas causas são multifatoriais, podendo incluir, além de herança genética, jejum, ingestão de itens específicos (como álcool e produtos com cafeína), fatores emocionais e estresse, distúrbios do sono, período pré-menstrual e determinados odores.
Em alguns casos, antes da sua manifestação propriamente dita, o paciente apresenta sintomas de duração de aproximadamente meia hora, tais como: formigamento, perda da sensibilidade, visualização de pontos brilhantes ou mesmo perda de parte do seu campo de visão. Nesses casos, falamos em aura premonitória.
Seu diagnóstico nem sempre é fácil, e inclui exame clínico, físico e também neurológico. Para facilitar o trabalho do profissional, e também auxiliar no tratamento, muitos médicos indicam a confecção de um diário, anotando os dias e horários das crises, localização, sua intensidade, tempo de duração; e, caso possível, o que provocou.
Quanto ao tratamento, o médico pode prescrever remédios que visem à prevenção dos ataques, ou seu controle. No entanto, é necessário que o paciente reveja seu estilo de vida, adotando certos procedimentos, como a prática regular de exercícios, e evitando outros, como a ingestão de alimentos que propiciam o desencadeamento das crises.