O enfisema pulmonar é um problema grave e progressivo que atinge principalmente homens com o hábito de fumar.
O enfisema pulmonar é um problema grave de saúde, progressivo e incapacitante, que ocorre em todo o mundo e está bastante relacionado com cidades com muitas indústrias e grandes áreas poluídas. É uma enfermidade comum em homens e normalmente ocorre em pessoas com idade, em média, de 70 anos.
O enfisema pulmonar é definido como uma doença obstrutiva crônica que se caracteriza pela dilatação dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais acompanhada da destruição das paredes alveolares. Esse processo desencadeia uma hiperinsuflação pulmonar, que consiste em um aumento da capacidade residual funcional (quantidade de ar que fica no pulmão ao final de uma expiração) em valores acima dos previstos.
Uma das principais causas do enfisema pulmonar é o tabagismo, mas outros poluentes também podem desencadeá-lo, como é o caso do cloreto de cádmio. Além dessas substâncias, problemas genéticos estão relacionados com o surgimento dessa enfermidade, tais como a osteogênese imperfeita e problemas no tecido conjuntivo.
Observe a formação do enfisema pulmonar
O enfisema inicia-se com a destruição dos alvéolos, o que, com o tempo, reduz as trocas gasosas, fazendo com que uma menor quantidade de oxigênio esteja disponível para as células do corpo. Esse processo leva ao surgimento de sintomas como tosse, sensação de sufoco, respiração ofegante e falta de ar quando a pessoa se submete a esforços. Vale destacar que algumas vezes esse problema apresenta-se assintomático, o que pode dificultar o diagnóstico.
Classifica-se, normalmente, o enfisema pulmonar, utilizando como critério a parte acometida do pulmão, em três subtipos principais: centroacinar, panacinar, parasseptal e irregular. O tipo centroacinar acomete a região central do ácino (bronquíolo principal e seus ramos) e está bastante relacionado com o tabagismo e a bronquite crônica. O tipo parasseptal, por sua vez, ocorre em ácinos delimitados por tecido conjuntivo. Já o tipo panacinar envolve todo o ácino, provocando dilatação e destruição dos alvéolos. Por fim, temos o tipo irregular, quando o enfisema surge nas margens das cicatrizes localizadas no pulmão.
Para descobrir se uma pessoa apresenta enfisema pulmonar, inicialmente o médico avalia os sintomas e a respiração do paciente. Além disso, podem ser recomendados alguns testes de avaliação da capacidade pulmonar e tomografia computadorizada, um exame muito sensível e que não possui efeitos colaterais.
A fisioterapia respiratória é uma das principais maneiras de tratar o enfisema, uma vez que auxilia no aumento da ventilação alveolar e da capacidade pulmonar. Também são utilizados medicamentos como anti-inflamatórios e corticoides. Entretanto, é fundamental lembrar que a doença é irreversível, logo, o tratamento visa apenas à diminuição dos sintomas. Quando a doença avança, a solução restringe-se ao transplante de pulmão e à cirurgia redutora de volume pulmonar.