Doença sexualmente transmissível

O uso da camisinha, em todas as relações sexuais, é a maneira mais eficaz de se prevenir contra as doenças sexualmente transmissíveis.

Doenças sexualmente transmissíveis, ou DSTs, são aquelas que são transmitidas pelo contato sexual, com ou sem penetração vaginal ou anal; tanto em relações hétero quanto homoafetivas. No entanto, na maioria dos casos, essa não é a única maneira de contraí-las. Compartilhamento de objetos perfurocortantes sem a prévia esterilização, transfusão de sangue, doação de sêmen contaminado, contato direto ou indireto com as lesões; e de mãe para filho, de forma transplacentária, durante o parto ou pelo aleitamento; são outras vias.

No passado, as DSTs eram chamadas de doenças venéreas. Entretanto, tal expressão não é considerada correta, já que o termo “venéreo” se refere à Vênus, deusa do amor; e nem sempre o sexo está vinculado a tal sentimento.

Abaixo, breves informações sobre as principais DSTs:

• AIDS: é transmitida pelo vírus HIV. Ele provoca a destruição das células de defesa do organismo, os linfócitos T, debilitando a pessoa acometida. Assim, ela está mais propensa à ação de outras doenças, capazes de provocar a sua morte.

• Cancro duro, ou sífilis: transmitida pela bactéria Treponema pallidum. Surge primeiramente uma ulceração avermelhada e de bordas elevadas na genitália, sem dor e dura, que desaparece lentamente. Depois, em um intervalo de tempo que varia entre meses e décadas, aparecem pontos vermelhos e escamosos por toda a pele. Mais tarde, os sistemas orgânicos, como o nervoso, circulatório e urinário; também tendem a ser afetados. Pode provocar paralisias e cegueira e, em caso de gestantes, transtornos físicos e mentais na criança. Em um bom número de casos, é fatal.

• Cancro mole, cancro venéreo simples, ou cavalo: transmitida pela bactéria Haemophilus ducreyi. Apresenta-se pela presença de ulcerações moles e doloridas na região genital.

• Candidíase ou monilíase: transmitida pelo fungo Candida albicans, provoca vermelhidão, inchamento e muita coceira nos órgãos genitais. Mulheres, ainda, secretam um corrimento esbranquiçado.

• Clamídia, mula ou linfogranuloma venéreo: transmitida pela bactéria Chlamydia trachomatis. Nesta doença, há a formação de pequenas vesículas que podem afetar a uretra, os olhos, nódulos linfáticos da região genital, útero e tubas uterinas. Perfurações nas regiões acometidas podem ocorrer, em casos mais graves.

• Condiloma acuminado, verruga genital ou crista-de-galo: transmitida pelo Papilomavírus humano (HPV), provoca o surgimento de verrugas genitais e/ou anais, semelhantes a cristas de galo.

• Gardnerella: transmitida pela bactéria Gardnerella vaginalis, provoca na mulher um corrimento bolhoso, amarelo ou acinzentado, e de odor desagradável. No homem, há inflamação da glande, prepúcio e/ou uretra, dor ao urinar, coceira e, em casos raros, corrimento.

• Gonorreia ou blenorragia: transmitida pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. Suas manifestações sintomáticas são dor ou ardor na uretra, ao urinar; e liberação de secreção branca ou amarelada.

• Hepatite B e C: transmitidas pelo vírus da hepatite, ele ataca o fígado das pessoas acometidas podendo, inclusive, provocar câncer em tal região. O paciente se apresenta com a pele e olhos amarelados.

• Herpes: provocada pelo vírus Herpes simplex, pode provocar bolhas aquosas e doloridas na boca e pele (tipo I), ou na região genital e anal (tipo II). Mesmo após a cura, o vírus permanece no organismo, o que permite com que novos episódios ocorram.

• Pediculose pubiana: provocada pelo Phthirus pubis, também chamado de piolho-do-corpo, ou chato. Assim como outros piolhos, este animal se adere aos cabelos ali encontrados, fazendo com que seu hospedeiro tenha coceiras intensas. Caso ele coce, tal ato pode propiciar infecções secundárias.

• Tricomoníase: provocada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Tal micro-organismo tem como manifestação sintomática corrimento, mau cheiro e ardência, sendo assintomática em muitos casos de homens acometidos.

Por: Mariana Araguaia

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