Diabetes é uma doença desencadeada por uma produção insuficiente de insulina ou problemas em sua ação. A doença se caracteriza por um quadro de hiperglicemia.
Diabetes Mellitus é uma condição bastante conhecida que pode desencadear consequências graves ao paciente. Trata-se de um problema cujo risco de morte precoce, segundo a OMS, tem subido nos últimos anos. A doença é caracterizada por uma elevação dos níveis de glicose no sangue, o que pode ocorrer devido a problemas na secreção da insulina ou na ação desse hormônio.
Podemos classificar o diabetes em tipos 1 ou 2, outros tipos de diabetes e gestacional. O diagnóstico da doença é feito com base na análise dos níveis de glicose do indivíduo, e o tratamento envolve mudanças no estilo de vida e uso de medicamentos. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença em nosso país.
Resumo sobre diabetes
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É uma doença em que se observa uma elevação na quantidade de glicose no sangue.
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Pode ocorrer como consequência de problemas na secreção do hormônio insulina ou na sua ação.
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A insulina atua garantindo que a glicose entre nas células.
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Pode ser classificado em tipo 1, tipo 2, outros tipos específicos e gestacional.
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Seus sintomas são sede, fome excessiva, emagrecimento, cansaço e vontade de urinar diversas vezes.
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Para seu diagnóstico, exames de sangue que avaliam os níveis de glicose são essenciais.
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Pode ser tratado com mudanças no estilo de vida e medicamentos.
Videoaula sobre diabetes mellitus e insipidus
O que é diabetes?
Diabetes é uma doença que se caracteriza por uma elevação da quantidade de glicose no sangue (hiperglicemia) devido à falta ou incapacidade da insulina de realizar sua função. A insulina é um hormônio produzido pelas células beta do pâncreas e que apresenta como função primordial garantir que a glicose entre nas células para que possa ser utilizada. Quando um indivíduo não produz uma quantidade adequada de insulina ou há problemas em sua ação, a glicose se acumula no sangue, uma situação conhecida como hiperglicemia.
Como fatores de risco para ocorrência de diabetes, destaca-se idade avançada, obesidade, histórico familiar, hipertensão, colesterol alto e alterações nas taxas de triglicérides no sangue. Além disso, hábitos de vida pouco saudáveis podem contribuir para o desenvolvimento da doença.
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Classificação do diabetes
O diabetes pode ser classificado em tipo 1, tipo 2, outros tipos específicos e gestacional.
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Diabetes tipo 1: é caracterizado por uma destruição das células beta do pâncreas e, consequentemente, perda da secreção do hormônio insulina. Sua causa está ligada à doença autoimune, ou seja, a destruição das células pancreáticas se dá pela ação do sistema imunológico que produz anticorpos que atacam o próprio organismo. Nesse caso, não existem formas de prevenir a doença. Nesses pacientes, pode-se observar sintomas que se iniciam de maneira relativamente rápida, como sede, fome excessiva, emagrecimento e fraqueza. Geralmente, esse tipo de diabetes aparece na infância ou adolescência, entretanto, pode ser também diagnosticado na fase adulta.
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Diabetes tipo 2: é o tipo mais comum, no qual se observa uma redução na ação do hormônio, caracterizando um quadro de resistência insulínica. O corpo passa então a aumentar a produção de insulina a fim de manter os níveis adequados, quando ele não é mais capaz de manter esses níveis normais, surge o diabetes. A instalação do quadro de diabetes é mais lenta, e os sintomas podem demorar vários anos para aparecerem. Esse tipo de diabetes está associado ao aumento de peso e à obesidade, sendo assim, hábitos de vida saudáveis podem ajudar na prevenção da doença.
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Outros tipos específicos de diabetes: incluem causas como defeitos genéticos, doenças no pâncreas, como pancreatite e tumores, doenças endócrinas e uso de determinados medicamentos.
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Diabetes gestacional: é diagnosticado durante a gestação e se destaca por ser um quadro transitório ou não.
Sintomas do diabetes
O diabetes mellitus pode causar no paciente diversos sintomas, destacando-se:
- Poliúria: paciente passa a urinar com mais frequência e se observa um aumento do volume diário normal.
- Polidipsia: paciente apresenta constantemente uma sensação de sede
- Polifagia: paciente apresenta uma fome insaciável.
- Perda de peso: paciente reduz seu peso mesmo apresentando polifagia.
- Visão turva.
O diabetes mellitus, além dos sintomas já descritos, pode desencadear complicações graves que podem colocar em risco a vida do paciente. Dentre as complicações, podemos citar a cetoacidose diabética, que normalmente ocorre em pacientes do tipo 1, e a síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica, mais comum em pacientes do tipo 2. Além disso, o diabetes pode relacionar-se com doenças cardiovasculares, cegueira, problemas renais, úlceras nos pés e amputação de extremidades, doença periodontal, entre outros problemas.
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Diagnóstico do diabetes
O diagnóstico precoce do diabetes, assim como de várias outras doenças, é fundamental para tomar medidas que evitem a complicação dessa enfermidade. De acordo com as Nações Unidas, metade de todos os adultos com diabetes tipo 2 permanece sem diagnóstico e, por isso, não recebe a insulina para o tratamento. Isso é um problema grave, uma vez que o diabetes pode levar a problemas como perda de visão, amputações e até mesmo a morte.
Para diagnosticar um quadro de diabetes, é necessário realizar exames que analisem a quantidade de glicose presente no sangue. Três exames podem ser feitos nesse sentido: glicemia de jejum, glicemia casual, e teste oral de tolerância à glicose (TOTG).
No TOTG, o paciente em jejum terá seu sangue coletado e, posteriormente, uma segunda coleta será realizada após duas horas da ingestão de um líquido com 75 gramas de glicose. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, deve-se considerar positivos os seguintes resultados:
1) glicemia de jejum > 126 mg/dl (jejum de 8 horas).
2) glicemia casual (colhida em qualquer horário do dia, independente da última refeição realizada) > 200 mg/dl em paciente com sintomas característicos de diabetes.
3) glicemia > 200 mg/dl duas horas após sobrecarga oral de 75 gramas de glicose.
Ainda de acordo com a Sociedade, é considerado diabético o indivíduo que possuir duas glicemias de jejum acima de 126 mg/dL ou, na glicemia de duas horas durante o TOTG, se o valor for superior a 200 mg/dL ou, em qualquer momento do dia, se o paciente tiver sintomas clássicos e a glicemia for maior que 200 mg/dL.
Tratamento do diabetes
Após a confirmação do diagnóstico, o tratamento deve ser iniciado imediatamente para realização do controle glicêmico. Para isso, o paciente deve mudar seus hábitos alimentares, realizar atividades físicas e, muitas vezes, usar certos medicamentos, como a insulina. É importante salientar que o paciente nunca deve se automedicar e acreditar em receitas milagrosas para tratar essa doença tão séria.
Além disso, o diabético deve monitorar seus níveis glicêmicos, obedecendo sempre ao número de testes recomendados pelo médico. Com isso, o paciente será capaz de corrigir hiperglicemias e manter os níveis de glicemia o mais próximo do normal. Ao monitorar seus níveis glicêmicos, ele também será capaz de identificar se seus esforços estão promovendo a resposta esperada.
Além disso, é fundamental que o paciente compareça às consultas no período determinado pelo médico, pois esses períodos são fundamentais para o profissional avaliar se o tratamento está adequado e verificar o surgimento de complicações.