O período pós-parto, também conhecido como puerpério ou resguardo, ocorre logo após a saída da placenta (dequitação) e dura de seis a oito semanas em mulheres que não amamentam ou de seis a oito meses nas mulheres que amamentam. O fim do pós-parto ocorre com a primeira ovulação.
A primeira ovulação varia muito entre mulheres, por isso é necessário que a mãe faça uso de algum método contraceptivo caso não queira engravidar novamente.
Após o parto normal com anestesia local, a mãe já pode se alimentar e caminhar. Quando o parto é normal, mas houve aplicação de anestesia raqui ou peridural, é preciso aguardar algumas horas para que seus efeitos terminem. A alimentação deverá ser líquida e de fácil digestão.
Em casos de parto cesárea a mãe deverá ficar de repouso durante algumas horas, pois realizou um procedimento cirúrgico. Na cesariana, a alimentação pode ser iniciada gradualmente seis horas após o parto.
Se mãe e bebê estiverem bem, recebem alta quarenta e oito horas após o parto normal e setenta e duas horas após a cesariana.
Por cerca de vinte a trinta dias após o parto a mãe apresentará um corrimento similar à menstruação. Se dentro desse prazo esse corrimento aumentar ao invés de diminuir, será necessário procurar o médico, pois pode ter havido alguma infecção. Em mães que amamentam no pós-parto, o corrimento costuma ser bem menos intenso.
Muitas modificações ocorrem durante os nove meses de gravidez. Após o parto, o corpo da mulher vai voltando ao normal aos poucos. O útero é o primeiro órgão que começa a voltar ao normal. Ele diminui até um centímetro por dia, voltando ao seu tamanho original no final do primeiro mês. No período de resguardo, a mulher pode sentir o intestino mais lento, com acúmulo de gases. Pode ocorrer também o aparecimento de hemorroidas.
Os seios ficam mais doloridos, pois estão se preparando para a amamentação. O ato de amamentar diminui essas dores e faz com que o corpo da mulher volte ao normal mais rapidamente.
Após o parto, é importante que a mãe amamente o seu filho, pois o leite materno será o alimento mais completo de que o bebê necessitará até os seis meses de vida.
No período de resguardo é muito importante que a mãe tenha uma alimentação equilibrada para o bom funcionamento intestinal e adequada produção de leite. O consumo de proteínas, sais minerais, vitaminas e fibras é muito importante, não se esquecendo de ingerir muito líquido, pois a amamentação dá muita sede. É importante que a mãe evite o uso de bebidas alcoólicas e não se exceda no consumo de açúcar, frituras, condimentos e gordura animal.
A adaptação da mãe com a chegada do bebê se dá aos poucos. A mãe, com a sensibilidade aflorada, tem uma mistura de sentimentos de alegria, insegurança e ansiedade. Se essas emoções não deixarem que a mãe cuide do bebê e comecem a interferir na sua vida, é importante procurar ajuda especializada, pois há o risco de depressão pós-parto.
Exercícios físicos são permitidos após duas semanas do parto normal, começando com poucos minutos, até atingir trinta minutos diariamente. Nos casos de cesariana, as atividades físicas devem recomeçar após os seis meses.