A COVID-19 é uma doença viral causada por um vírus chamado SARS-CoV-2, da família dos coronavírus. Os vírus dessa família são conhecidos por provocar infecções respiratórias que variam desde simples resfriados até síndromes respiratórias graves. A COVID-19 teve seus primeiros casos descritos em 2019 e, em 2020, tornou-se uma pandemia que levou milhares de pessoas à morte e, até hoje, continua fazendo vítimas.
Até o momento não existe tratamento eficaz contra o problema, sendo ele baseado apenas em medidas para aliviar os sintomas e evitar complicações, porém vacinas já foram fabricadas a fim de frear a disseminação do vírus.
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Breve histórico da COVID-19
A COVID-19 é uma doença que surgiu no ano de 2019, e seus primeiros casos foram descritos na China. O país alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS), no dia 31 de dezembro de 2019, sobre uma pneumonia de causa ainda desconhecida e que havia acometido várias pessoas na cidade de Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China.
O agente causador dessa pneumonia era um novo coronavírus, sendo essa descoberta anunciada no dia 07 de janeiro de 2020. Inicialmente o vírus foi chamado de 2019-nCoV, e, em fevereiro do mesmo ano, passou a ser denominado SARS-CoV-2.
Rapidamente o SARS-CoV-2 espalhou-se pelo mundo, deixando todo o planeta em estado de alerta. No dia 11 de março de 2020, a OMS anunciou que a COVID-19 estava sendo caracterizada como uma pandemia. Na ocasião, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que existiam mais de 118 mil casos em 114 países e que 4,2 mil pessoas haviam perdido a vida.
Quase um ano após essa afirmação, em 25 de fevereiro de 2021, até as 16:29, haviam 112.209.815 casos confirmados de COVID-19, incluindo 2.490.776 mortes, e notificados à OMS.
SARS-CoV-2: o novo coronavírus
Os coronavírus são um grupo de vírus conhecidos há muito tempo pelo ser humano, sendo eles relacionados com o desenvolvimento de doenças que atingem o sistema respiratório. Os coronavírus são a segunda principal causa, após os rinovírus, dos resfriados comuns. Até os surtos de Sars, entre 2002 e 2003, acreditava-se que os coronavírus eram pouco preocupantes, entretanto, a descoberta do SARS-CoV acendeu o alerta, mostrando-nos que esses vírus podem desencadear doenças graves e até fatais.
O vírus SARS-CoV-2 foi identificado em 2020 e é o responsável por provocar a COVID-19. Ainda no ano de 2020, suas variantes foram descobertas. O surgimento de novas cepas nos mostra a necessidade de uma rápida vacinação para se conter a doença, uma vez que reduzir a circulação do vírus pode diminuir a ocorrência de mutações, as quais podem ser responsáveis pelo surgimento de cepas mais transmissíveis e até mesmo mais letais.
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Transmissão da COVID-19
A transmissão da COVID-19 ocorre de uma pessoa para outra por meio de gotículas respiratórias eliminadas pelo doente ao tossir, espirrar ou falar. Pode ocorrer também pelo contato com mãos contaminadas ou objetos e superfícies contaminados, tais como celulares, talheres, brinquedos e maçanetas, e o posterior contato das mãos com as mucosas (olhos, boca e nariz).
Sintomas da COVID-19
A COVID-19 provoca sintomas que lembram uma febre ou resfriado, sendo os mais comuns: febre, tosse seca e cansaço. Alguns pacientes podem desenvolver, ainda, sintomas como congestão nasal, dor de cabeça, conjuntivite, diarreia, vômitos, náuseas, dor de cabeça, perda ou redução do olfato ou paladar, e falta de ar.
Apesar da maioria das pessoas se recuperar bem, sem a necessidade de internação, a Organização Pan-Americana da Saúde salienta que uma em cada seis pessoas infectadas por COVID-19 fica gravemente doente e desenvolve dificuldade de respirar. As pessoas que apresentam mais chance de desenvolver a forma grave da doença são as idosas e as que apresentam problemas como pressão alta e diabetes.
Diagnóstico da COVID-19
O diagnóstico da COVID-19 é dado por meio da análise do quadro clínico do paciente e de exames laboratoriais. Indivíduos que apresentam associação de sintomas como febre, tosse, dificuldade respiratória, perda ou diminuição do olfato ou do paladar, diarreia, náusea e vômitos são considerados casos suspeitos.
O médico poderá confirmar seu diagnóstico solicitando exames laboratoriais. Entre os exames utilizados para diagnosticar a COVID-19, estão o de biologia molecular (RT-PCR em tempo real) e o imunológico.
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Tratamento da COVID-19
Os casos leves de COVID-19 não necessitam de internação hospitalar e, em geral, recuperam-se sem necessidade de intervenção. Medicamentos como analgésicos e antitérmicos podem ser utilizados para aliviar os sintomas do paciente. A hidratação e o repouso são importantes para a recuperação.
Pacientes com quadros mais graves podem necessitar de internação, sendo muitos deles em Unidades de Terapia Intensiva. A principal causa de mortes e internações por COVID-19 é a chamada síndrome respiratória aguda grave, que pode provocar falta de ar e desconforto respiratório. Nessas situações o paciente necessita do fornecimento de oxigênio, que pode ser feito, por exemplo, por cânulas nasais ou pela intubação.
Vale salientar que, até o momento, não existe tratamento específico para a infecção pelo novo coronavírus. Vários medicamentos, alguns utilizados até mesmo para outras doenças já conhecidas, foram testados, mas, infelizmente, nenhuma evidência científica de eficácia foi encontrada.
Prevenção da COVID-19
A COVID-19 é uma doença grave que pode ser prevenida por meio de medidas bastante simples, como:
- Lavar as mãos com frequência utilizando água e sabão ou higienizá-las utilizando álcool em gel 70%.
- Manter uma distância de, pelo menos, dois metros de outras pessoas.
- Evitar aglomerações.
- Evitar abraços e apertos de mãos.
- Utilizar máscaras sempre que for ter contato com outras pessoas.
- Higienizar superfícies tocadas com frequência, como maçanetas, celulares e brinquedos das crianças.
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos, pratos e talheres.
- Manter os ambientes limpos e ventilados.
É importante salientar também que, para conter a pandemia, é fundamental não só que cuidemos da nossa saúde, mas que nos preocupemos com os outros membros da sociedade. Se estiver com sintomas respiratórios ou for um caso confirmado de COVID-19, evite o contato com outras pessoas. Ao tossir ou espirrar, cubra a boca e nariz com um lenço ou com a parte interna do cotovelo. Utilize sempre a máscara, uma vez que ela ajuda a te proteger e proteger outras pessoas. Não promova ou incentive aglomerações.
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Vacina contra COVID-19
Várias vacinas contra COVID-19 foram ou estão sendo desenvolvidas em todo o mundo. Uma grande corrida contra o tempo fez com que algumas vacinas fossem criadas em pouco menos de um ano. Em várias partes do planeta, incluindo o Brasil, o registro para uso emergencial ou até mesmo definitivo para algumas vacinas foi liberado.
Em nosso país, a primeira pessoa vacinada contra a COVID-19 recebeu o imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, a chamada CoronaVac. A primeira pessoa vacinada no Brasil foi uma enfermeira do hospital paulista Emílio Ribas, chamada Mônica Calazans.
Cada vacina contra COVID-19 apresenta uma recomendação específica, sendo fundamental se informar sobre qual foi tomada e se ela precisa ou não de uma segunda dose. Em caso de necessitar de uma dose adicional, é fundamental não perder o prazo da vacinação. É importante salientar, ainda, que, como qualquer medicamento, as vacinas contra COVID-19 podem desencadear sintomas, sendo os mais comuns a dor e vermelhidão no local e, algumas vezes, febre baixa.
Mesmo após a vacinação, é fundamental que as pessoas continuem adotando medidas para evitar a transmissão da doença, como higienizar as mãos, manter o distanciamento físico e utilizar máscara. Isso se deve ao fato de que o vírus ainda está circulando e uma pessoa imunizada ainda pode transmitir a doença. Outro ponto importante é que a vacina não gera imunidade imediata, sendo assim, nos primeiros dias após a vacinação, o indivíduo ainda pode adquirir a doença.