A catapora é uma doença viral que se destaca por provocar lesões de pele acompanhadas de coceira. A doença é, em geral, benigna e atinge, principalmente, crianças.
Catapora (varicela) é uma doença infecciosa causada por um vírus e que se caracteriza por manifestar-se, principalmente, em crianças. A doença é geralmente benigna e provoca sintomas leves, sendo caracterizada pelo surgimento de lesões cutâneas acompanhadas de coceira.
O tratamento baseia-se no controle dos sintomas, sendo recomendando o uso de aciclovir apenas para pessoas com risco de agravamento. Em casos de infecções secundárias, recomenda-se o uso de antibióticos. Como formas de prevenção e controle da catapora, podemos citar a lavagem das mãos, o isolamento dos doentes, a higienização de objetos e a vacinação.
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Resumo sobre catapora (varicela)
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A catapora, também chamada de varicela, é uma doença infecciosa e geralmente benigna.
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Provoca o surgimento de lesões na pele acompanhadas de coceira.
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Uma característica importante dela é o polimorfismo das lesões cutâneas.
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Pode ser transmitida de uma pessoa para outra.
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Seu diagnóstico é feito analisando-se as manifestações clínicas apresentadas pelo indivíduo.
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No tratamento dela, são usados, em geral, medicamentos analgésicos, antitérmicos e anti-histamínicos.
O que é catapora (varicela)?
Catapora, também chamada de varicela, é uma doença infecciosa causada por um vírus. Trata-se de uma doença altamente contagiosa e, normalmente, benigna. Sua manifestação é observada com maior frequência em crianças, e, de acordo com o Ministério da Saúde, a maior incidência é no fim do inverno e início da primavera.
É considerada, possivelmente, a doença infecciosa de maior incidência no mundo, surgindo, em todos os continentes, cerca de 60 milhões de casos anualmente.
Agente causador da catapora
A catapora é uma doença causada por um vírus conhecido como varicela-zóster (VVZ). É um vírus pertencente à família Herpetoviridae e que se destaca por permanecer em estado latente no organismo após a infecção primária, podendo, no futuro, reativar-se e causar a chamada herpes-zóster.
Vale salientar que a infecção pelo vírus causador da catapora confere imunidade permanente, embora, em raras ocasiões, um indivíduo possa desenvolver um segundo caso da doença.
Transmissão da catapora
A catapora é uma doença que pode ser transmitida de uma pessoa para outra. A transmissão acontece pelo contato direto ou com secreções respiratórias. A catapora é raramente transmitida por meio do contato com lesões de pele. Pode ser transmitida também por meio de objetos contaminados. Por ser altamente transmissível, pode ocorrer em surtos.
De acordo com o Ministério da Saúde, “a transmissão se dá entre 1 e 2 dias antes do aparecimento das lesões de pele e até 6 dias depois, quando todas as lesões estiverem na fase de crostas”. É importante que pessoas com a doença evitem locais públicos e que crianças sejam orientadas a não irem à escola. Isso é importante para que outras pessoas não sejam acometidas pela doença.
Sintomas da catapora
A catapora é uma doença geralmente benigna e que provoca sintomas, em geral, leves. No caso de adolescentes e adultos, a doença apresenta-se de maneira mais agressiva e com maior risco de complicações. O período de incubação do vírus é de 4 a 16 dias.
A catapora caracteriza-se, principalmente, pela ocorrência de lesões na pele que provocam muita coceira. Apesar do incômodo, as lesões não devem ser coçadas e as crostas, formadas ao longo do desenvolvimento da doença, não devem ser retiradas. O ato de coçar-se, utilizando unhas ou mesmo outros objetos, pode provocar infecções bacterianas nas lesões.
As lesões da catapora podem ser observadas em um indivíduo ocorrendo em diferentes formas evolutivas, sendo o polimorfismo das lesões cutâneas uma característica que merece destaque. Isso significa que, em uma mesma pessoa, podemos observar máculas (manchas), pápulas (lesões sólidas e pequenas), vesículas (pequenas bolhas com líquido), pústulas (bolhas com pus) e crostas.
Além das lesões, outros sintomas que podem surgir em caso de catapora são:
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mal-estar;
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cansaço;
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febre baixa;
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dor de cabeça;
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perda de apetite.
Complicações da catapora
Apesar de a catapora ser, em geral, uma doença benigna, algumas complicações podem surgir, tais como: pneumonia, encefalite e infecções na pele e no ouvido. É importante destacar que a encefalite destaca-se como uma inflamação do cérebro bastante grave e pode ser fatal se não tratada adequadamente.
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Diagnóstico da catapora
O diagnóstico da catapora é feito analisando-se as manifestações clínicas do paciente. Vale salientar que, em casos mais graves, em que se faz necessário o diagnóstico diferencial, poderá ser solicitado a realização de exames laboratoriais.
Tratamento da catapora
O tratamento da catapora baseia-se no controle dos sintomas, com a administração de antitérmicos e analgésicos, por exemplo. Para melhorar a coceira, recomenda-se o uso de anti-histamínicos.
Além do uso de medicamentos, recomenda-se a higienização adequada da pele e cortar as unhas. O ato de coçar-se, como salientado, pode favorecer infecções secundárias por bactérias, as quais, nesses casos, devem ser tratadas com uso de antibióticos.
Em pessoas com risco de agravamento, recomenda-se a administração do antiviral aciclovir. Para pessoas sem condições de risco, até o momento, não se recomenda o uso do antiviral.
Vacina contra catapora
A catapora pode ser prevenida de diferentes formas, como pela vacinação. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2013, a vacina tetra viral foi introduzida na rotina de vacinação de crianças entre 15 meses e 2 anos de idade que já tenham sido vacinadas com a primeira dose da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). A vacina tetra viral promove a proteção contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora.
Ainda de acordo com o Ministério, a vacina para catapora possui “suas indicações precisas, levando em conta a situação epidemiológica da doença, por isso não está disponível de forma universal no SUS”.
É importante destacar que a vacinação protege contra catapora, porém não é a única forma de se diminuir os casos da doença. Para preveni-la e controlá-la, deve-se isolar os doentes, lavar sempre as mãos após o contato com paciente, e higienizar adequadamente roupas de cama, roupas do paciente e objetos que possam estar contaminados.