Baratas (Ordem Blattaria)

Não deixar alimentos destampados é uma boa estratégia para minimizar
a infestação de baratas e as doenças por elas transmitidas.

Reino Animalia
Filo Arthropoda
Classe Insecta
Ordem Blattaria

As baratas são insetos pertencentes à Ordem Blattaria. De acordo com a espécie, o tamanho pode variar entre três milímetros e dez centímetros. O corpo é oval, achatado e de cor amarronzada, com algumas exceções. A maioria possui três pares de pernas, dois pares de asas e um par de longas antenas. As fêmeas são maiores que os machos e a asa desses, quando presente, é mais desenvolvida.

Acredita-se que tais animais surgiram no continente Africano há cerca de 400 milhões de anos, e pouco se modificaram ao longo do tempo, mostrando sua grande resistência e capacidade adaptativa.

Muitas espécies de baratas, tal como os cupins, vivem em sociedades; outras, solitárias, unem-se aos pares somente na época reprodutiva. Quanto a isso, fêmeas liberam hormônios sexuais, os feromônios, atraindo o macho; e há um ritual de corte entre eles, sendo que a cópula pode durar mais de uma hora. Geralmente os ovos ficam externos à fêmea, na ooteca, sendo essa depositada em um local seguro ou carregada durante todo o processo de desenvolvimento dos embriões – que pode ser direto ou indireto.

Existe mais de quatro mil espécies de baratas no mundo e, no Brasil, o número fica em torno de 700. Elas podem viver em diversos ambientes, como em cavernas, na água, no solo, embaixo de pedras e cascas de árvores, em ninhos de cupins e formigas, em ambientes aquáticos, etc. Menos de vinte são sinantrópicas, ou seja: associadas a ambiente cuja presença humana é predominante. Deste número, cinco são encontradas basicamente em todo o planeta: a Blatella germanica (barata alemã), Supella longipalpa (barata de faixa marrom), Periplaneta americana (barata americana), P. australasiae (barata australiana) e Blatta orientalis (barata oriental).

As espécies sinantrópicas costumam viver em locais quentes e úmidos, muitos deles apresentando poucas condições de higiene, tais como fossas, bueiros, lixeiras e esgotos. Além disso, são ávidas por fontes nutricionais encontradas em casas, estabelecimentos comerciais, dentre outras construções humanas – incluindo aí, além de alimentos propriamente ditos ou seus restos, células descamadas da pele, papel, tecidos e excrementos. Como são hospedeiras de diversas bactérias, fungos, vermes, vírus e protozoários, podem provocar um bom número de doenças, como hanseníase, disenteria, tifo, meningite, pneumonia, difteria, tétano, tuberculose, etc., além de reações alérgicas.

Assim, para evitar tais transtornos, o ideal é evitar o acúmulo de lixo, entulhos e restos de alimentos tanto no ambiente interno quanto externo. Outras medidas são: vedar rachaduras e buracos, tampar e/ou guardar os alimentos em local seguro, limpar a pia e lavar as louças logo após seu uso. Se tais providências não resolverem a situação, pode ser necessário contratar uma empresa especializada nesse tipo de serviço.

 

Por: Mariana Araguaia

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