Considerada um dos lugares mais fascinantes do planeta, o arquipélago de Galápagos localiza-se a cerca de 1000 km da costa do Equador e é composto por 13 ilhas principais e sete ilhas menores, sendo que cada ilha do arquipélago, com exceção da ilha maior, Ilha Isabela, é formada por um único vulcão grande. O nome desse arquipélago vem da palavra Galápago, que significa sela em espanhol. Esse nome foi dado por causa do formato do casco das tartarugas que vivem no local que lembra uma antiga sela espanhola.
Por ser afastado do continente, o arquipélago sofreu pouco impacto do homem e devido a isso conseguiu manter sua fauna e flora originais, constituindo um dos maiores tesouros de biodiversidade do nosso planeta. Lar de diversas espécies endêmicas (espécies que não são encontradas em nenhum outro lugar do planeta), Galápagos foi visitado pelo naturalista inglês Charles Darwin durante sua viagem a bordo do navio inglês H.M.S Beagle, foi nesse arquipélago que o naturalista se convenceu definitivamente de que todas as espécies vivas passam por um processo evolutivo.
Estima-se que as ilhas que compõem o arquipélago emergiram do Oceano Pacífico há aproximadamente cinco milhões de anos através de erupções vulcânicas marinhas e que cerca de 80% das aves marinhas, 97% dos répteis e mamíferos terrestres e mais de 30% das plantas encontradas no arquipélago são encontrados exclusivamente naquele local. Tartarugas gigantes, iguanas marinhas e terrestres, lagartixas de lava, leões marinhos, cactos, focas, pinguins, tentilhões de Darwin, pelicanos, entre tantos outros, fazem parte desse cenário também conhecido como “As Ilhas Encantadas” devido à maneira como as fortes e variáveis correntes tornavam a navegação difícil e também por causa da bonita geografia e biodiversidade.
Um dos habitantes mais conhecidos e que se tornou símbolo do arquipélago e da luta pela conservação do meio ambiente na região foi a tartaruga gigante da subespécie Chelonoidis nigra abingdoni, conhecida como George, ou George Solitário (Lonesome George). Oriundo de umas das ilhas do arquipélago, a Ilha Pinta, George era o último exemplar dessa subespécie, com aproximadamente cem anos de idade e 90 Kg. Ele foi encontrado no ano de 1971 pelo pesquisador húngaro József Vágvölg e levado ao Parque Nacional de Galápagos no ano de 1972.
George foi encontrado morto na manhã do dia 24 de junho de 2012 no local onde vivia no Parque Nacional de Galápagos. Até o momento da elaboração do presente artigo não se conhecia a causa mortis do animal, mas os responsáveis pelo parque disseram que George será embalsamado e exposto em um centro que será construído e dedicado à preservação das tartarugas gigantes. Durante sua vida no Parque Nacional de Galápagos, George teve contato com fêmeas de espécies geneticamente parecidas com a sua, mas não conseguiu deixar nenhum herdeiro. Dessa forma, com sua morte, podemos concluir que a subespécie de George se tornará extinta.