Ansiedade patológica

A ansiedade patológica pode provocar muita angústia.

Dentro de um contexto específico, a ansiedade se apresenta como um aspecto positivo, uma vez que faz com que fiquemos alertas frente ao receio de algo dar errado ou apresentar riscos à nossa integridade física ou moral. Em suma, ela é muito importante para lidarmos com situações potencialmente danosas.

Há pessoas que se sentem constantemente ansiosas: é a ansiedade generalizada. Existem também situações nas quais a ansiedade se apresenta de forma desproporcional, causando sofrimento significativo ou mesmo prejuízos ao exercer suas atividades normais. Nesse caso, falamos em ansiedade patológica. Ela pode estar relacionada a um quadro no qual a pessoa tenha sintomas ansiosos exacerbados e/ou descontextualizados da situação em que se encontra; ou à síndrome do pânico.

Este último quadro se apresenta com sensações físicas típicas da ansiedade – boca seca, tremores, taquicardia, nó na garganta, mãos frias, falta de ar, mal-estar na barriga ou no peito, sufocamento, tonturas, etc. – mas que surgem de forma abrupta e inesperada, atingindo o ápice em torno de dez minutos, e não raras as vezes acompanhadas do receio de sofrer uma morte súbita ou mesmo de enlouquecer.

A síndrome do pânico costuma se manifestar, pela primeira vez, em pessoas de idade entre os 15 e 20 anos – predominantemente em mulheres – e sua manifestação pode ser mais um motivo para a pessoa se sentir ansiosa, frente à possibilidade de enfrentar esses sintomas em situações mais delicadas, como em lugares fechados, sozinha, em congestionamentos ou em eventos importantes, como uma reunião do trabalho.

Essa situação denominamos de ansiedade antecipatória. Ela pode desencadear um novo problema: a agorafobia, que consiste no medo extremo de permanecer em locais de difícil escape, fazendo com que evite a todo custo estar ali. A agorafobia tende a persistir, não sendo momentânea como a síndrome do pânico – e pode provocar isolamento, quadros depressivos e até mesmo comportamentos autodestrutivos, como o alcoolismo.

Considerando o que foi dito, é interessante que aquelas pessoas que sentem ansiedade de forma desproporcional, ou constante, avaliem a situação, verificando se o quadro tem provocado malefícios significativos. Caso positivo, é interessante que busquem alternativas para lidar com essa situação, recorrendo à ajuda psicoterápica caso essa seja uma tarefa que não estão dando conta de lidar sozinhas.

Tratando-se da síndrome de pânico, é urgente a necessidade de buscar ajuda médica, preferencialmente com um profissional competente da área de psiquiatria. O tratamento, geralmente, é feito com o uso de fármacos específicos, psicoterapia e adoção de hábitos de vida mais saudáveis. A cooperação dos familiares e pessoas próximas é essencial.

Por: Mariana Araguaia

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