Animais ameaçados de extinção

Animais ameaçados de extinção é uma expressão cada vez mais falada na atualidade, uma vez que várias espécies estão correndo sérios riscos de desaparecer completamente do planeta. Muitas são as causas de extinção, entretanto, na maioria das vezes, a ação humana exerce um papel importante nesse processo.

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O que é extinção?

Extinção nada mais é que o desaparecimento por completo de uma espécie, ou seja, é o mesmo que dizer que não há mais nenhum indivíduo daquela espécie vivo na atualidade. Ao longo da história de vida do planeta, várias espécies surgiram e desapareceram. A extinção é, portanto, um processo natural que ocorre desde que a vida surgiu na Terra.

Os dinossauros, por exemplo, já não existem mais, porém eram abundantes na Era MesozoicaMamutes e tigres-dentes-de-sabre são também exemplos famosos de animais que foram extintos. A extinção, no entanto, não aconteceu apenas no passado do nosso planeta, sendo ainda possível observá-la em várias espécies na atualidade.

O que pode causar a extinção de uma espécie?

A poluição é responsável pela morte de várias espécies.

Como mencionado, a extinção é um processo já observado na história do planeta. Várias espécies foram extintas e outras encontram-se criticamente ameaçadas. Dentre os processos que podem levar uma espécie à extinção, podemos citar eventos naturais, como atividade vulcânica e glaciações, e impactos de corpos celestes. Atualmente, no entanto, as principais causas de extinção relacionam-se diretamente com a ação da espécie humana.

Dentre os motivos que levam espécies atuais à extinção, podemos citar:

  • Destruição de habitat: cada espécie vive em um determinado habitat, encontrando naquele local os recursos de que necessita para a sobrevivência. Quando uma espécie tem seu habitat destruído, sua sobrevivência está ameaçada. No caso de espécies animais, pode ocorrer uma migração para uma nova área, porém, nesse novo local, elas podem não encontrar tudo aquilo de que precisam. Queimadas e desmatamento são algumas das ações humanas que provocam a destruição de habitat e, consequentemente, a extinção de algumas espécies.
As mudanças climáticas estão ameaçando a sobrevivência de várias espécies.
  • Aquecimento global: é responsável por provocar mudanças climáticas. Com o aumento da temperatura média do planeta, espera-se que se intensifiquem eventos climáticos extremos, como grandes inundações e tempestades, ondas de calor, tornados, nevascas e grandes períodos de seca.

Essas alterações impactam negativamente na vida das espécies do nosso planeta, as quais estão adaptadas às condições em que vivem. Estima-se, por exemplo, que o aquecimento global poderá levar à extinção cerca de 10% das espécies de pererecas, sapos e rãs endêmicas da Mata Atlântica em, aproximadamente, 50 anos.

  • Caça e pesca indiscriminadas: a captura indiscriminada de animais pode também ser responsável pela extinção de diferentes espécies. No que diz respeito à pesca, é válido salientar que ela é a única fonte de renda e alimentação para muitas pessoas, sendo, portanto, uma atividade importante.

Entretanto, a pesca indiscriminada, utilizando grandes redes e ocorrendo em períodos proibidos, é extremamente prejudicial para o meio ambiente. Da mesma forma, a caça é danosa às espécies. A caça de animais como forma de conseguir abastecer o mercado ilegal de pele, dentes e cornos, por exemplo, é responsável pela redução da população de vários animais, como tigres e rinocerontes.

O mico-leão-dourado é uma espécie da Mata Atlântica que se encontra ameaçada.
  • Introdução de espécies exóticas: espécies exóticas são aquelas que se desenvolvem onde não ocorrem naturalmente. Uma espécie exótica, quando consegue se estabelecer, pode ameaçar o desenvolvimento de espécies nativas, uma vez que pode não encontrar predadores naturais; reproduzir-se exageradamente; e competir por recursos com as espécies nativas. Além disso, elas podem ser responsáveis por transmitir doenças para as espécies nativas.
  • Tráfico de animais: muitas espécies sofrem com o tráfico de animais, sendo comercializadas ilegalmente, por exemplo, para colecionadores. O comércio ilegal retira cerca de 38 milhões de animais da natureza, a cada ano, no Brasil.

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Animais ameaçados de extinção no Brasil

Várias espécies de animais estão ameaçadas de extinção no território brasileiro, sendo algumas das causas do problema a poluição, destruição do habitat, caça e o comércio ilegal. Conheça, a seguir, três delas.

  • Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia): é um importante símbolo da luta pela conservação da Mata Atlântica. A espécie é classificada pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) como “em perigo”. Segundo a organização, a perda de qualidade do habitat, a competição por recursos com uma espécie de sagui e os impactos negativos de eventos aleatórios, como surto de febre amarela, são responsáveis pela redução populacional.
A ararinha-azul encontra-se extinta na natureza.
  • Ararinha-azul (Cyanopsitta spixii): segundo a IUCN, está classificada como “extinta na natureza”. A espécie desapareceu na natureza no final de 2000, porém ainda há indivíduos em cativeiro.
  • Boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis): ocorre ao longo dos rios Amazonas e Orinoco. Atualmente a espécie está classificada, pela IUCN, como “em perigo”.

Animais ameaçados de extinção no mundo

Em todo o mundo, várias espécies correm o risco de desaparecer para sempre. Ameaças como a caça e a destruição de habitat são alguns dos problemas que os animais enfrentam. Conheça, a seguir, três espécies ameaçadas de extinção.

  • Leão (Panthera leo): atualmente está classificado, pela IUCN, como “vulnerável”. Segundo a organização, houve uma redução de cerca de 43%, nos últimos 21 anos, da população de leões.
O diabo-da-tasmânia está classificado como “em perigo” pela IUCN.
  • Diabo-da-tasmânia (Sarcophilus harrisii): está classificado, de acordo com a IUCN, como “em perigo”. A população dessa espécie diminuiu em mais de 60% nos últimos 10 anos.
  • Rinoceronte-de-java (Rhinoceros sondaicus): está classificado, de acordo com a IUCN, como “criticamente em perigo”. A principal causa do declínio populacional é a excessiva demanda por cornos de rinoceronte.
Por: Vanessa Sardinha dos Santos

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