As águas-vivas são animais pertencentes ao Filo Cnidaria. De corpo relativamente transparente e consistência gelatinosa, possuem uma célula denominada cnidoblasto, esta capaz de provocar queimaduras e irritações dolorosas na pele daqueles que entram em contato com estes organismos. Mais concentrada na região da boca e tentáculos, esta estrutura possui uma cápsula em seu interior que, nestas situações, dispara como um gatilho na presença de uma ameaça em potencial, liberando uma substância tóxica que, em alguns casos, pode também provocar reações alérgicas.
Assim, as águas-vivas se mostram como uma ameaça em potencial aos banhistas de todo o mundo. Em Ubatuba (SP), por exemplo, são responsáveis por 24% dos acidentes causados por animais. Acredita-se que as inversões térmicas tem tido um papel significativo no que diz respeito à “invasão” destes animais em praias onde, até um tempo atrás, sua presença era mínima ou mesmo nula.
As espécies mais comuns do Brasil são a Chiropsalmus quadrumanus e a Tamoya haplonema, esta última mais comum em regiões de mar aberto. São avistadas, geralmente, flutuando na superfície da água ou na areia da praia.
Assim, ao chegar à praia, esteja atento quanto à presença destes animais. Caso encontre um exemplar, não entre em contato direto com ele, por mais admirável que este seja. Se este estiver na areia da praia, e caso tenha condições, enterre-a com o auxílio de uma pá ou palito de picolé, a fim de que você ou outras pessoas não se machuquem.
Encostou ou pisou em uma água-viva?
→ Caso esteja na água, saia imediatamente, já que existe o risco de ser queimado novamente, ou até mesmo se afogar devido à queda de pressão que a substância tóxica pode causar;
→ Lave o local com água do mar ou soro fisiológico gelado, e nunca com água doce e/ou quente, já que este fator pode agravar a queimadura.
→ Para aliviar a ardência, compressas de vinagre podem ser muito úteis;
→ O vinagre também auxilia na retirada dos tentáculos deixados pelo animal, que devem ser removidos com auxílio de pinça ou luva;
Veja mais: Tratamento para queimaduras
→ Não toque a lesão, já que pode provocar infecções e até mesmo o espalhamento do veneno para as mãos;
→ Evite exposição direta ao Sol;
→ Procure atendimento médico o mais rápido possível
Boa notícia
Felizmente, em nosso país não existem espécies cujo veneno é capaz de levar a pessoa a óbito, tal como a conhecida por “Box Jellyfish”, endêmica da Austrália.