Mosquito-da-dengue (Aedes aegypti)

Morfologia do mosquito transmissor da dengue e febre amarela: Aedes aegypti.

Reino Animalia
Filo Arthropoda
Classe Insecta
Ordem Diptera
Família Culicidae
Gênero Aedes
Espécie Aedes aegypti

O Aedes aegypti é o mosquito responsável pela transmissão da dengue e também da febre amarela. Como se tratam de doenças transmitidas por artrópodes hematófagos, ou seja, que se alimentam de sangue, falamos que tanto uma quanto a outra são arboviroses, ou doenças provocadas por arbovírus.

Uma vez que a principal forma de preveni-las é evitar a proliferação do mosquito; conhecer as características morfológicas, hábitat e modo de vida, em geral, deste animal, auxiliam consideravelmente em seu combate.

Esse mosquito é comum em ambientes próximos a residências. Ele mede cerca de meio centímetro, tem cor que pode variar entre o castanho e o preto; e, nas costas e nas patas, apresenta-se com listras brancas. Além disso, suas asas são translúcidas. Ele é ativo no período da manhã e da tarde, mas há registros de que alguns indivíduos apresentam hábitos crepusculares.

Somente as fêmeas são hematófagas; e os machos se alimentam de substâncias vegetais açucaradas. Após picar uma pessoa infectada, o vírus se aloja nas glândulas salivares, ali se multiplicando. Assim, o mosquito permanece infectado, capaz de transmitir a doença até o fim de sua vida, ou seja, por cerca de um mês.

Uma única fêmea de A. aegypti é capaz de picar uma pessoa a cada vinte ou trinta minutos; e o sangue por elas sugado auxilia na maturação de seus ovos. Como geralmente voam a uma altura máxima de meio metro do solo, os pés, tornozelos e pernas são as regiões do corpo humano mais frequentemente afetadas.

Após a fecundação, as fêmeas depositam seus ovos em água limpa e parada, preferencialmente sombreada. Seus ovos conseguem resistir a períodos de seca, e também ser transportados a diversos outros locais, uma vez que podem permanecer grudados nas bordas dos recipientes em que se encontram.

Em boas condições ambientais, há a eclosão dos ovos. Após este evento, os mosquitos passam por três estágios: larva, pupa e adulto. Em aproximadamente dez dias, todas essas etapas são alcançadas, e estes se tornam aptos a se reproduzirem, completando o ciclo. Alguns, inclusive, já nascem portadores do vírus.

Acredita-se que os primeiros mosquitos dessa espécie chegaram ao Brasil juntamente com navios negreiros, durante o período colonial, sendo erradicados na década de 50. No entanto, no fim da década de 60, novos registros do mosquito foram feitos, inicialmente em Belém (PA), apontando a possibilidade de estes animais serem originários de países próximos cujas medidas de controle do mosquito se mostraram ineficazes.

Nesse segundo momento, o controle químico desses vetores passou a se apresentar ineficaz, já que tais animais se tornaram resistentes ao produto. Assim, na atualidade, percebe-se que a mobilização da população é imprescindível para o controle, ou mesmo erradicação, do mosquito, já que a eliminação dos criadouros deve ser feita, individualmente, em cada residência, e o comportamento de evitar o lançamento de lixo e entulhos deve ser responsabilidade de todos.

Algumas outras medidas para a proteção contra os mosquitos:

- Usar repelentes à base de N, N-dietilmetatoluamida (medida que também deve ser adotada por pessoas que estão com dengue, para evitar que novos mosquitos e indivíduos sejam infectados);
- Tampar caixas-d´água;
- Guardar garrafas vazias com a cabeça para baixo;
- Evitar o acúmulo de lixo, principalmente aqueles capazes de armazenar água, mesmo que em quantidade pequena;
- Lavar semanalmente, com a utilização de sabão e escova, tanques utilizados para armazenar água e vasos com plantas aquáticas;
- Furar as folhas de bromélias, para evitar o acúmulo de água em seu interior;
- Manter ralos fechados;
- Limpar calhas e lajes, frequentemente;
- Encher, com areia, a borda de pratinhos de planta.

Por: Mariana Araguaia

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